sexta-feira, 31 de maio de 2013

Tudo passa.

Eu achei que você nunca fosse passar. A gente sempre acha que vai demorar muito, ou que a atenção nunca mais vai desviar o foco de você, ou que a gente nunca vai conseguir mais engolir a saliva que fica presa na garganta em todas as vezes que você aparece com alguém, mas passa. Daí fica a saudade. Sabe aquela saudade gostosa que persiste, que a gente usa pra tentar sentir de novo enquanto faz todos aqueles testes de reação pra ver se você ainda incomoda? Saudade estranha essa. Nem é boa, nem é ruim. É persistente. Acho que é pra dar algum conforto nesse nó no peito que se desfez.
Mas agora, falando especificamente de você, de você ter passado, e de eu nem ter percebido a despedida, foi um estranho-bom. Foi bom porque a gente sempre acha que vai precisar de alguém pra ocupar o lugar e nem sempre é assim. Um dia desses, a gente acorda e pronto, você passou. Um dia desses a gente nem se lembra mais do seu telefone. Dia desses a gente se esquece até dos seus gestos e acaba arrumando o armário sem dó nem piedade. Ah, tudo passa. Você passou e muita gente ainda vai passar. Eu mesmo já devo ter passado pra tanta gente e pra tanta gente que ainda nem esbarrou comigo ainda. Você passou e eu tô deixando você ir de vez. Sem me agarrar ao falso conforto da saudade que fica. Vai, pode ir, foi bom enquanto durou, mas eu já não preciso mais. Passou, passado. E fica até engraçado o jeito que a gente se pega vendo que o apego não tinha o menor fundamento e que tudo que a gente fez foi meio imbecil. Mas não foi em vão. Eu precisava ter feito de tudo, ter ouvido de tudo, ter comido de tudo, ter chorado de tudo, ter rido de tudo e mais um pouco pra você passar.

Daniel B

Sobre a pessoa mais bonita do mundo, expectativas e tipos reais.

Eu queria a pessoa mais bonita do mundo. Queria porque queria. Porque me interessava, porque me atraía, porque tinha o sorriso mais bonito e bem espaçado que eu já tinha visto. Porque era o meu tipo perfeito na combinação de tom de pele com a cor do cabelo. Tinha a altura média ideal e parecia ser tão simpática e bonita quanto as pinturas mentais que eu faria da pessoa perfeita. Eu queria porque queria e todo o mundo mais queria. Mas em todo fim do dia, depois de passar horas vendo fotos e vendo o que a pessoa mais bonita do mundo dizia, eu chegava à conclusão de que era areia demais pro meu caminhãozinho.
Até que um dia eu topei com a pessoa mais bonita do mundo.
Topei, escorreguei, quase caí e nunca me vi tão destrambelhado como nesse dia. Ela riu, me ajudou a sustentar os dois pés como base e ainda me chamou lá pra fora da festa, pra aproveitar o ar da varanda. E foi aí que eu a tive pra mim. Nuns poucos minutos de embriaguez e oportunidade, eu tive a pessoa mais bonita do mundo. Numas horas restantes de festa, eu tive a companhia dela. E foi frustrante. A pessoa mais bonita do mundo, aquela que todo mundo queria, que parecia ser o sonho de muita gente – e o meu tipo perfeito – não era nada demais.
Nada demais. Era como o eco da confusão gritava na minha cabeça. O beijo era morno, as mãos eram soltas, o abraço não combinava, os olhos se desviavam pra não encarar a falta de cumplicidade e admito que nem chegou perto daquele frio na barriga que a gente sente quando encontra alguém que tem potencial pra mexer com a gente. Frustração porque a expectativa tava tão alta e desabou com aquele encontro kamikaze. Porque eu suava pelas mãos e o meu corpo não reconheceu o dela, o nervosismo foi meio que em vão e eu passei o dia seguinte inteiro pensando sobre a verdade da situação: a pessoa mais bonita do mundo não era pra mim.
O que seria pra mim então? Essa minha busca por ela tinha me transformado num projeto de psicopata por algumas semanas. Longas sessões de stalking e de insegurança à flor da pele, a rever todos os meus conceitos de auto-imagem e de percepção sobre o tipo de interesse que eu poderia causar nela, até chegar ao pensamento clássico de que era demais pra mim. Mas deixa eu contar uma coisa pra você: tipos perfeitos não existem. E foi isso que eu percebi quando eu estive com a pessoa mais bonita do mundo. Que a gente monta um modelo de pessoa perfeita pra gente, desde a parte superficial aos mínimos detalhes de leitura e gosto musical – tem gente que até pensa no vestuário e coisas do tipo – e a gente acha que se apaixonaria fácil por alguém assim. Não só nos apaixonaríamos como também teríamos um lindo relacionamento nessa equação perfeita. Até que a gente se lembra de incluir a necessidade de química, a compatibilidade de gostos e assuntos dentro do nosso universo e fora dele, o timing e os objetivos de vida – além da visão de mundo dos dois e muito mais. Ah, quando a gente monta a equação inteira, a gente percebe variáveis que saem do nosso controle e que não podem ser supostas apenas pela aparência, pelo sorriso e pela forma com que o outro parece interessante.
A pessoa mais bonita do mundo era interessante. Mas não pra mim. Fazia exatamente a minha ideia de tipo perfeito, mas não era meu tipo real. E a frustração foi fruto dessa expectativa boba e mal desenhada que eu tive – e aposto que você também deve ter em relação a alguém. Nossos tipos perfeitos foram feitos pra sonhos, literaturas, preenchimento de ego e afins. O importante mesmo é o tipo real que pode passar bem longe do que a gente espera que seja.
Depois daquela noite, eu fui indagado pelos amigos sobre o porquê de não ter entrado mais em contato com a pessoa mais bonita do mundo. Do nada, a minha pequena obsessão se desfez e eu deixei de achar tanta graça assim nela. Talvez eu também não tenha sido nada demais pra ela e essas coisas acontecem. Meus amigos não entendem, mas a verdade é que agora eu tenho uma nova perspectiva do tipo de pessoa que eu quero. Eu quero alguém real. Uma boa pessoa que entre na equação e que, talvez, nem complete todas as variáveis, mas que me faça sentir a pessoa mais especial do mundo. Que mexa comigo como os meus tipos perfeitos mexem em sonho, mas de verdade, de carne e osso, pra causar frio na barriga e arrepio. Alguém que pode ser o completo oposto do que a gente espera pra se apaixonar – e mesmo assim consegue fazer com que a gente se apaixone.
Eu agora quero tipos reais. Deixo os tipos perfeitos pras capas de revista e pros meus personagens preferidos de filmes, deixo pro ego satisfeito e pras noites de sono. Acordar mesmo, eu quero que seja ao lado de uma boa pessoa real.

Daniel B

O Sonho da Mulher dos Seus Sonhos

E eu chego em casa cansado. Jogo minhas roupas pelo chão do quarto e sento no sofá, acabado. Ela chega, me grita atenção e fala como uma doida de como foi teu dia. Eu fico entre um “uhum” e outro. Entre uma risada e outra. Mas fico com olhos e ouvidos bem atentos, como um menininho ouvindo uma história de uma heroína que salvou a cidade e ainda lembrou de passar no mercado para comprar meu iogurte predileto.
Ela me faz massagens quando eu peço. Mas só aceita fazer caso eu prometa fazer nela também. Ela trabalha, estuda, dá um trato em seu visual, malha, prepara a comida e ainda arruma tempo para me amar e me pedir para levá-la no cinema. Às vezes, eu penso como é louco o amor. No começo, eu passava noites em claro só para descobrir a melhor forma de conseguir ter um encontro com ela. E, hoje, ela é quem me convida. No primeiro encontro, eu passei quase duas horas inteiras me arrumando. Coloquei minha melhor roupa e me encharquei com meu melhor perfume só para agradá-la. Hoje, ele me acha lindo de moletom ou suado pós o futebol.
Ela me espera. Ela fica ansiosa para me ver. E me liga só para dizer que está com saudades. Ela diz que ama e que morre de tesão por mim, também. Ela me faz carinhos e arranhões que nunca tive. E me beija o corpo inteiro. E quando briga comigo por ciúmes é por medo de me perder. Ela é perfeita, mas não sabe. O meu lado possessivo até acha isso bom. Porque no dia que ela perceber que ela é dez mil vezes melhor do que qualquer mulher nesse mundo, vai querer outro cara dez mil vezes melhor do que eu. E há vários caras perfeitos por aí. Mas não sei como, ela se encantou por minha barba mal feita, por minhas piadas sem graça e por meus olhos cansados.
Bendita a sorte a minha. Até hoje não sei o que falei para ter roubado a atenção dela. E, se um dia descobrir, falarei o dia inteiro. Trato-a como uma rainha tendo a certeza de que não sou merecedor de um lugar em teu altar. Mas me esforço tanto que ela acha graça até das minhas imperfeições.
É a sorte de ser o sonho da mulher dos seus sonhos.

Hugo R

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Fim



A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços.

Não consigo explicar o que sentir ao ver você com outro cara. Rapaz, fiquei sem chão, em hipótese alguma imaginava que havias colocado um outro alguém no meu lugar.Não estava preparado pra lhe ver com outro namorado é pensar que até a alguns dias eu que estava do seu lado, vivia a mesma rotina com esperança de quem sabe algum dia, mais o tempo foi passando, é natural mudar os planos, se vou ter que viver com essa dor...Se e pra ser assim que sejas feliz,mais bem longe de mim,não me faça lhe ver passar com esse fulano,e digo, e melhor pra ele também.Pois sabes que existe um amor que não chegou ao fim.

Terei que viver com essa dor!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Frases Prontas !


Não gosto de frases prontas. Descobri isso faz um bom tempo.Não me encaixo em frases prontas, a maioria delas não tem nenhum sentido para mim.
                  
Não quero que esse texto seja, só mais um dos milhares que fiz pensando em você. Não é justo. Você mal sabe da minha existência, e eu vivo pela sua. Me mantém por perto, e nem percebe isso. Não chega a ser o vilão da história, mas faz sempre a mocinha sofrer. Caso você não saiba, histórias de amor não são assim. Você tem ele, e eu não tenho você. Quando o beija, posso sentir seus lábios sobre os meus. Juro, às vezes consigo sentir seu gosto. É bom, mas não o bastante. Quando eu olho no seus olhos, você me faz invisível. Talvez tenha algum tipo de super poder, ou seja só desatento mesmo.
Eu sou sua estrela, e você nunca olha para o céu.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Mulheres Fúteis e Ocas

É lógico que eu amo e constantemente vejo-me hipnotizado por essa dádiva nacional chamada bunda. Arrisco até dizer que sou faixa preta na arte de apreciá-las com discrição e sem óculos escuros, mas essas obras de arte rebolantes precisam de muito mais do que duas bandas e um orifício proibido para construir e perpetuar algo chamado relacionamento – pelo menos para os homens que encaram esse tipo de laço como parceria de evolução contínua e uma oportunidade de aprendizado mútuo, em vez de encará-lo apenas como uma maneira rápida e prática de saciar o apetite sexual.
Os homens amam peitos e bundas, mas a estética sozinha não sustenta nem uma conversa de boteco que se estenda por mais de uma hora. Não é novidade que os homens são seres de extremo apelo sexual e potencialmente cegos pelo tesão, mas isso não significa que gostamos de passar horas e horas fingindo interesse e sorrindo diante do papo broxante das mulheres fúteis e ocas, apenas para no fim da noite enfim calá-las com um boquete mordaça que deveria durar anos de silêncio. Nem a acéfala cabeça roxa de nosso pau merece passar uma noite toda escutando os nomes de todos os tons de esmalte existentes na galáxia.
Não estou dizendo que toda mulher precisa ter um Q.I igual ao do Einstein para ser boa companhia ou que o casal, para divertir-se, precisa resolver equações de física quântica enquanto espera a pizza chegar. Não é nada disso, apenas valorizo muito o poder que algumas mulheres têm de nos fazer desejar que a conversa nunca acabe, gerando uma vontade súbita de matar o garçom quando este vem à mesa avisar que o bar já está fechando. Tudo isso porque às vezes só queremos continuar ali, ouvindo o que ela tem a dizer e agradecendo por esse papo de fluência natural e diferente de muitos outros que escutamos com a cabeça nas nuvens, contando os segundos para fechar a conta e abrir o mecanismo do sutiã dela.
Essa vontade de prolongar a conversa entre doses e porções de batata frita não quer dizer que não estejamos morrendo de tesão por ela e loucos para rasgar-lhe a calcinha em plena praça pública, afinal, a testosterona nunca deixará de correr em nossas veias. No entanto, mulheres inteligentes, interessantes e cativantes com toda certeza fazem os meios enaltecerem os fins, nos fazendo desejar noites com maior número de horas, pois mesmo o casal mais ninfomaníaco do mundo precisa de uma boa conversa enquanto espera o próximo round.
Agora me dêem licença, irei à livraria para ver se encontro um ser dessa espécie feminina fantástica, pois na academia eu cansei de conhecer mulheres deliciosas que me fizeram admirar a genialidade e reconhecer o repertório vasto dos meus hamsters.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Cuida Dela

Rapaz, diz pra ela que o meu bom dia ainda é dela. E que, se der, outro dia a gente se esbarra e eu levo umas flores pra ela. Faz dela um porto inseguro pra não se deixar levar pela rotina da maré calma. Beija o nariz dela que ela acorda na mesma hora e ainda dá uma espreguiçada com um sorrisão de partir o meu coração por não poder mais acordar ao lado dela. Ô rapaz, cuida dela com ternura. Essa garota precisa de alguém com tempo e com todo o coração do mundo pra entender a alma dela. Deixa ela descansar a cabeça no seu ombro, mesmo que você sinta um pouco de medo de se mexer. Eu nunca consegui ficar quieto com ela do lado.
Diz pra ela que ela é meu sonho bom. E que vai ser dureza não ter ligação nenhuma no meu celular pra responder. Coloca um toque personalizado, mas não escolhe nenhuma música especial pra vocês dois, rapaz. Puxa pruma valsa que ela sabe dançar bem demais. Ela tem um jeitinho de fugir dos meus braços que dá gosto. E não cai na armadilha dela, não. Se enroscar no pescoço dela é perigoso porque você pode ficar ali por tempo demais e se esquecer de olhar bem nos olhos dela. Diz pra ela que eu sei que eles não são castanhos, rapaz. Os olhos e ela são doces como mel. Dá pra sentir no gosto do primeiro beijo na chuva. E carrega sempre um remédio pra alergia na carteira. Dá pra prevenir os olhos dela de lacrimejarem por algum motivo bobo. Cuida bem pra ela não chorar, viu?
Ô rapaz, diz pra ela que eu soluço só de pensar em como vai ser daqui pra frente e que o meu norte foi embora junto dela. E diz também que eu reconheço que ela deve ser mais feliz com você do que comigo. Diz que eu não me conformo, mas vou tentar pensar nisso como um desvio de percurso – e que, até a gente se reencontrar, eu vou tentar garantir a felicidade dela por meio de umas dicas e recomendações que eu vou dar pra você. Ela gosta de beijos molhados e pouca agilidade na hora de se despir. O suor dela tem um gosto bom, rapaz, então não precisa – e nem pode – ter nojinho com ela. Compra cerveja ao invés de vinho e põe o chinelo dela na entrada pra ela se livrar logo do salto quando chegar. Não trabalha muito até tarde porque ela vai depender de alguma atenção sua pra ter certeza de que fez uma escolha justa em me deixar. E fala sobre música, sobre algo de blues e jazz e deixa ela sentar pra tocar piano naquele restaurante grã-fino dos Jardins. Diz pra ela que eu aprendi uma partitura pra poder me lembrar dela.
Cuida bem dela e diz pra ela que um dia a gente se encontra se ela resolver que dá pra ser feliz aqui. Mas se ela preferir ficar por aí, faz dela o seu grande amor, rapaz. Diz pra ela que a solidão só anda doce porque eu ainda penso nela. E dá um beijo de boa noite na testa dela por mim, rapaz. E não precisa dizer nada depois disso. Ela vai fechar os olhos e se lembrar de mim.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sem Palavras.


A Fórmula dos Relacionamentos

Para cada um de nós, a nossa visão de mundo parece ser o consenso geral da realidade da vida. Explico – somos os personagens principais do nosso universo, pois vivemos de acordo com as nossas realidades. Isso faz com que esperemos que o outro seja e pense de forma similar que a gente e que viva conforme os conceitos que acreditamos ser certos. Uma forma fácil de observar essa nossa característica um tanto quanto egoísta, é prestando atenção nos relacionamentos. As pessoas escolhem um outro e querem que esse outro viva conforme a sua regra do jogo. Isso não pode dar certo.
Viver em casal é muito difícil. Temos que abrir mão de certos aspectos da nossa realidade, mas não gostaríamos de fazê-lo. Se relacionar com o outro significa abrir mão do seu ponto de vista egoísta sobre o mundo e admitir que existem outras possibilidades ao viver a vida. O seu universo egocêntrico desmorona – é por isso que amar nos deixa mais humildes. No entanto, há pessoas que têm uma dificuldade imensa de abrir mão do que consideram como verdade absoluta e, como se não bastasse, querem obrigar o outro a concordar com seu universo. É como os veteranos tratam os “bixos” na faculdade – nos primeiros dias, estabelece-se um ritual para que os novatos forçosamente se adequem às regras do sistema. Rodas são formadas por “bichos” que aguardam de boca aberta, as doses de pinga descerem rasgando pela garganta. Quem não beber, é frouxo. Agora, convenhamos – respeitamos aqueles que querem beber, mas qual o sentido em obrigar o outro a beber também? Indiretamente, fazemos isso nos relacionamentos – queremos que o outro beba da nossa pinga, e que ache-a deliciosa.
O nosso ego, cuidadosamente cultivado desde a infância, nos imepede de viver uma parte preciosa dos relacionamentos, que é ter a chance de conhecer profundamente outro universo, que não o nosso. É uma oportunidade única de se aprofundar em outra realidade e de perceber quanto somos pequenos no mundo, já que, para o outro, o universo dele é o padrão na vida. Ou seja, percebemos assim o quanto somos pequenos e descemos do pedestal. Mas muitas vezes, desperdiçamos essa chance. Assim, automaticamente violamos uma regra essencial dos relacionamentos felizes – o respeito.
Aliás, a noção de respeito é muito distorcida da nossa realidade. Frequentemente, nos esquecemos que respeito tem a ver com perceber as diferenças do outro e aceitá-las, não porque estamos fazendo-lhe um favor, mas porque não estamos em posição alguma de poder julgar o que é certo e errado. Erramos muito na vida – diariamente, o tempo todo. É muita prepotência achar que temos o direito de mudar o outro porque acreditamos que a nossa realidade é a certa. Respeitar o outro é dar crédito por saber que ele está na mesma batalha diária que você – todo mundo veio para esse mundo sem pedir, o que não é algo fácil. Automaticamente, todo mundo merece seu respeito por estar traçando seu caminho, da melhor forma possível.
Temos que lidar com as diferenças conscientes que, para o outro, nós é que somos os diferentes da história e que a nossa verdade não precisa ser a verdade universal. Há uma frase excelente que resume tudo e que diz assim “Receita do amor que dura: amar o outro não apesar de sua diferença, mas por ele ser diferente.”

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Amor


 Mas não posso te dar o que não possuo – o meu amor futuro. E talvez a incerteza do sentimento – do meu e do seu – seja justamente o combustível do meu amor.

Eu acho que amor seja que nem um carro – precisa de combustível pra funcionar. Se você não abastece, ele te deixa na mão em meio à Marginal às 6 da tarde, enquanto você ia pra aquela reunião importante. E não adianta xingar os quatro cantos, achar que a vida é injusta, que nada dá certo pra você. Você não colocou combustível. Menosprezou as necessidades do carro, assim como menosprezamos as necessidades do amor. Amor precisa de alimento. Não ache que ele dura pra sempre se você não cuidar. Amar dá trabalho mesmo. É que nem cachorro. Dá um trabalho enorme, mas você automaticamente esquece dos xixis no sofá ou do tapete rasgado quando ele te olha nos olhos e te tasca uma lambida. Aí você tem certeza que valeu a pena.



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Alguns temem o novo...

“Alguns temem o novo
Porque ele ameaça o estabelecido, contesta as convenções
Desafia as regras
Alguns evitam o novo
Porque ele traz insegurança, estimula o experimento, convida à reflexão
Alguns fogem do novo
Porque ele nos retira da confortável posição de autoridade
E nos obriga a reaprender
Alguns zombam do novo
Porque ele é frágil, não foi consagrado pelo uso
Mas essas pessoas se esquecem que tudo o que hoje é consagrado um dia já foi novo
Alguns combatem o novo
Porque ele contraria interesses, desafia os paradigmas, não respeita o ego, despresa o status quo
Mas tudo isso é inútil
Porque a história da humanidade mostra
Que o novo sempre vem
Por isso, recicle seus pensamentos, reveja seus pontos de vista
Actualize suas fórmulas, seus métodos, suas armas
Senão você será sempre um grande profissional
Um sujeito muito preparado para lutar numa guerra que já passou”