sábado, 8 de dezembro de 2012

A Punheta Salva Vidas

O ritual popular mais praticado em todas as tribos e culturas, também conhecido como bronha, cinco contra um .....etc, tem a importância muito subestimada pela cultura moderna e este texto mostrará o motivo pelo qual a brincadeira solitária com o “Senhor Pau”, pode sim salvar vidas, relacionamentos e coisas que nem imaginaria antes desta análise profunda.
Para ilustrar o heroísmo da punheta, contarei aqui três situações comuns e deixarei que escolham a melhor alternativa para sair dessas roubadas:

Punheta Salvadora de Relacionamento

 Um homem casado, bem sucedido, com três filhos, casa própria e labrador babão, neste exato momento encontra-se diante, ou melhor, atrás de uma secretária devassa, de 26 anos e coxas tentadoras. Ela veste uma meia 7/8 e agora se apoia na mesa formando um irresistível ângulo de 30°. E de forma indutora, quase imperativa, ela clama por um adultério em plena segunda-feira. O que o homem deve fazer?
A (  ) – Ele deve ceder aos desejos da carne, devorar e sodomizar a oferecida secretária, correndo o risco de ser descoberto pela mulher, fato que consequentemente geraria um traumático divórcio e causaria a perda da guarda dos filhos e do cão, obrigando-o  arrumar um emprego extra para pagar a pensão e, por fim,  tornar-se um arrependido alcoólatra com garrafa no clube do uísque num puteiro. Sem contar os honorários que ele deixará na conta de algum advogado mercenário.
B (  ) – Ele deve pedir licença, ir ao banheiro, ligar a torneira e recorrer à punheta.

Punheta Salvadora de Vida

Ele é um fotógrafo e neste momento está cobrindo mais uma guerra infeliz em Israel. Entre uma foto de escombros e outra de um soldado sem perna, ele conhece uma linda jornalista italiana e ela o convida para um sexo sem compromisso, às 22h, no hotel no qual a hospeda, porém esse está localizado em uma região com extremo risco de bombardeio. O que o fotógrafo deve fazer?
A (  ) – Ele deve ouvir os conselhos irresponsáveis do pau, se achar o Chuck Norris, arriscando atravessar a cidade toda, agora em chamas, correndo o risco de terminar em migalhas e em cima da mina errada.
B (  ) – Já no banho que precederia o encontro, ele deve arriscar umas ensaboadas a mais no pau e acabar batendo uma higiênica punheta. Nesse caso, ele provavelmente acabaria debaixo da cama tremendo de medo das bombas, urinaria três vezes nas calças e decidiria virar fotógrafo de casamentos.

Punheta Salvadora de Dinheiro

Ele tem o mesmo emprego infeliz há 15 anos e vive com o dinheiro contado. Hoje, pagará a trigésima-quarta parcela do carro e a centésima-segunda parcela do apartamento, que mais parece uma gaiola de tão minúsculo. A noite está quente e ele com aquele tesão reprimido aceita o convite de um amigo para fazer uma visitinha ao puteiro. Ele sai de casa decidido a não gastar nada, apenas quer admirar um pouco de pole dance e ver umas bundinhas oferecidas, mas lá, depois de alguns muitos copos de uísque, ele é surpreendido por gêmeas suecas que lhe propõe um ménage. O que ele deve fazer?
A (  ) – Ele deve dizer não e deixar que a gêmea da esquerda coloque a mão na coxa dele. Ele deve dizer não e deixar que a gêmea da direita coloque a mão no joelho dele. Ele deve dizer não e deixar que as duas agora subam as mãos simultaneamente rumo ao pau dele, que agora comporta todo o sangue do corpo. Nesse ponto, até um monge diria sim, divertiria-se, beberia champanhe e sentiria-se vivo como o Keith Richards e, no final, com o saco murcho e com dor no coração, veria a conta girar em torno de R$ 7.800,00, perderia uma lágrima e diria: “No crédito, por favor”.
B (  ) – Após o convite para o ménage, ele deve se levantar correndo do sofá e aplicar uma voadora no segurança com cara de mais assassino, e depois de ser triturado pela fera e ser expulso do local, ele poderia usar o braço que não teve fratura exposta para bater uma punheta, ou melhor, duas, e evitar que um rombo violento proceda na suada conta bancária.

Acredita em mim agora? Entendeu o porquê, muitas vezes, a punheta é a melhor alternativa? Peço permissão aos prováveis punheteiros e falecidos inventores da Teoria do Caos, para simplificá-la na seguinte frase: “Algo tão pequeno como a punheta pode evitar um tufão do outro lado do mundo”.