segunda-feira, 22 de julho de 2013

A dor é inevitável, o sofrimento é opcional


Acredito, humildemente, que felicidade é algo que se busca todos os dias. Temos uma mania nociva que tende a nos levar pra baixo em muitos momentos da vida. Vemos sempre mais razões para reclamar das coisas, do que para celebrá-las. É aquela história de ver o copo meio vazio ou meio cheio. Como quando acordamos atrasados para ir trabalhar e, ao chegar na garagem, a bateria do carro acabou. Como seres mimados que somos, reclamamos que a vida é injusta, que isso tem que acontecer justamente com a gente, bem no dia que estávamos atrasados. Estupidamente, reclamamos da vida quando deveríamos dizer – “Acabou a bateria, mas UFA, que bom que eu tenho pernas pra andar até o metro e dinheiro para pagar minha passagem.” A ingratidão reina. 
E são exemplos assim que me fazem pensar na metáfora da bifurcação, quando pensamos em felicidade – o tempo todo, somos sujeitados a situações nas quais nos vemos em frente a uma bifurcação. Como no caso do carro sem bateria – assim que você constata o problema, você fica de frente para duas estradas – a do lado negro (e mais tentadora) que é reclamar, mal-dizer, ficar de mau-humor. E a do lado da luz – pensar que sempre poderia se pior e agradecer por todos os outros presentes que a vida te dá.
Mas o ciclo também pode ser do bem, quando você escolhe o caminho da luz em frente as dificuldades da vida. O carro ficou sem bateria – tudo bem, o que não tem remédio, remediado está. Você vai para o trabalho de ônibus apertado, mas em vez de reclamar, dá graças a Deus por não ter que depender do transporte público todos os dias. E aí do próprio ônibus, você liga para o seguro, que guinchará seu carro até a próxima mecânica. Pronto. Com um pouco de reflexão, você mais uma vez escolheu estar feliz. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional. Sua energia boa contaminará outras pessoas e, mais uma vez, inicia-se o ciclo – dessa vez, na luz.