sábado, 28 de fevereiro de 2015

COMPLICADA

Ela pode ser bonita, inteligente, boazuda…  Mas coloca tudo a perder com a frescura excessiva. Sim, porque homem reconhece uma mulher complicada até pelos mínimos detalhes, a quilômetros de distância.Não tem como disfarçar. Identificamos o jeito de andar, o modo de olhar com desdém quando algo não a agrada, a forma de pegar no copo se tiver uma sujeirinha, a cara de reprovação quando encontra uma formiguinha ou barata na cozinha do bar e, só para completar a desgraça, os constantes monólogos do tipo: eu não gosto disso, não gosto daquilo, não simpatizo com isso, isso não é para gente feito eu, não vou para esses lugares, não ando com gente assim, odeio fumaça, não gosto de lugares vazios, de lugares cheios, de escuro, de doce, de salgado, blá blá blá, pititi patatá patatí patatá patató patatú.
 O grande viés é quando a mulher complicada sabe que é complicada e faz questão de ser complicada. O mais engraçado é que, se a gente parar e pensar, vai notar que uma razoável parcela dessas mulheres vive reclamando que falta homem no mercado. Oh, santa paciência, iluminai essas coitadas.
Então, fica o conselho para as mulheres, vindo de quem não tem cacife para dar conselho, muito menos sobre mulheres: procure um ser do sexo masculino, que não seja complicado também, mas que lhe conheça, e pergunte na bucha: “eu sou complicada? Muito ou pouco? Tenho cura? Tenho salvação? Devo me suicidar?”.