segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Eles...


ELE anda cansado das baladas e dos casos furtivos sem sentimentos. Aprendeu a gostar da própria companhia, sem precisar estar em uma turma de amigos todos os sábados. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que traga um sabor doce às suas manhãs, que seja a melhor companhia para olhar a lua. Que ele possa exibir os seus dons na cozinha e o seu conhecimento em vinhos, só para ela.
Quer uma mulher que ele reconheça pelo cheiro dos cabelos, pelo toque dos dedos, pela gargalhada que vai ecoar pela casa transformando um domingo sem graça, no melhor dia da semana. Quer viver uma paixão tranqüila e turbulenta de desejos… quer ter para quem voltar depois de estar com os amigos, sem precisar ficar caçando companhias vazias e encontros efêmeros. Quer deitar no tapete da sala e ficar observando enquanto ela, de short jeans, camiseta e um rabo de cavalo, lê um livro no sofá, quer deitar na cama desejando que ela saia do banho com uma lingerie de tirar o fôlego.
Quer brincar de guerra de travesseiros, até que o perdedor vá até a cozinha pegar água. Quer o poder que nenhum dos seus super heróis da infância tiveram… o poder de amar sem medo, sem perigo e sem ir embora no dia seguinte.
Quer provar que pode fazer essa mulher feliz!

ELA quase deixou de acreditar que seria possível ter vontade de se envolver novamente. Foram tantas dores, finais, recomeços e frustrações que pensou em seguir sozinha para não mais se machucar. Então percebeu que a vida de solteira já não está fazendo tanto sentido. Decidiu que quer um amor verdadeiro… que pode nem ser eterno, mas que possa acordá-la com um abraço que fará o seu dia feliz, quer um homem que ela possa cuidar e amar sem receios de que está sendo enganada. Quer a alegria dos finais de semana juntinhos, as expectativas dos planos construídos, o grito de gol estremecendo a casa quando o time dele estiver ganhando… a cumplicidade em dividir os segredos.
Quer observá-lo sem camisa, lendo o jornal na varanda… quer reclamar da bagunça no banheiro, rindo e gritando quando ele revidar puxando-a para o chuveiro, completamente vestida.
Quer a certeza de abrir a porta de casa e saber que mesmo ele não estando, chegará a qualquer momento trazendo o brigadeiro da doceria que ela gosta tanto. Quer beijar, cheirar, morder, beliscar e apertar para ter certeza que a felicidade está ali mesmo… materializada nele.
Quer provar que pode fazer esse homem feliz!

ELES estão por aí… sonhando um com o outro… talvez ainda nem se conheçam… mas é só uma questão de tempo, até o destino unir essas vidas que se complementam e estão ávidas para amar e fazer o outro feliz.
Ou alguém duvida que o universo traz aquilo que desejamos?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mulheres e mulheres


“A mulher e o cachorro são os bichos mais interesseiros da face da Terra, só que o cachorro é fiel. Os dois passam a vida inteira procurando alguém que torne as coisas mais fáceis e menos trabalhosas”.
Há um certo tempo atrás vi essa frase acima em um comentário de um blog, e logo me chamou a atenção para uma simples e pura verdade: O lado obscuro das mulheres.

Porém, afirmo que esse lado obscuro, que Nessahan Alita disseca tão bem em suas obras, se faz tão presente porque existe quem o alimente. Sim, são esses bobões e débeis que fazem com que as mulheres queiram passar por cima dos homens que nutrem algum interesse por elas. Porque “pagar pau” para um simples ser que não tem nada além da aparência bonita, mas que na primeira dificuldade da vida vai te deixar e procurar uma situação mais confortável? O problema todo se concentra naqueles caras que tem a namorada ou esposa como um troféu a ser exposto, elegendo-a para tal somente por sua beleza e pelo impacto que vai causar por estar ao lado dela. Grande engano. Essa beleza logo trará problemas, e o “loser”, se cair na real, verá o erro que cometeu. Se não, se sentirá injustiçado e cometerá a mesma merda.E assim caminha a humanidade...

Um outro exemplo é quando a mais linda fêmea é cortejada por todos os machos do ambiente. O ego dela é inflado as alturas e isso lhe dar o poder de selecionar, despachar e humilhar quem ela bem entender. Esta é a raiz do problema: Mais uma vez, a vaidade do macho em se exibir com a mais linda do lugar lhe proporciona resultados desagradáveis.

O que quero dizer é que muitas situações que as pessoas julgam normais (de tanto se repetirem), são fruto do ego e da vaidade masculina. Se você realmente quer uma garota para construir um relacionamento sadio e útil, não comece por aquelas que são “gostosas do pedaço”. Não precisa ostentar jóias, carros, roupas e etc. Isso em comprovei na prática. Um amigo da família, juiz de direito aposentado e octogenário, me disse uma vez:

- Filho, pra arranjar uma garota decente, desse jeito que você está (na hora em estava de bermuda e chinelos), você arruma. Não precisa ostentar ouro nem prata. Tenha personalidade e isso será o bastante.

Em várias situações observei e comprovei tal afirmativa.

Na vida, há mulheres e mulheres. Nem todas são boas, nem todas são más. Cabe à você procurar o ouro no meio do cascalho.

Zé Ribeiro,

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pra que seduzir se você pode cutucar?


Há uns 15 anos, quando uma garota encantava um rapaz, o macho logo sentia a necessidade de saber mais sobre a mulher.

Ter essas informações era fundamental para ganhar o coração da pequena. Somos o que lemos, ouvimos, assistimos, comemos. (Na verdade, somos mais que isso. Mas por meio de nossos gostos é possível fazer um retrato – ainda que em cores opacas e imperfeito – de como nos comportamos, de como pensamos a vida.)

Cada gosto, traço da personalidade da menina descoberto pelo homem era uma peça encaixada no quebra-cabeça. Um quebra-cabeça que todo homem adepto da boa sedução adoraria passar a vida completando, peça a peça.

Assim, seduzir era matar um leão por dia, amigo. E era uma tarefa deliciosa. Você se encantava por uma garota e, em seguida, o que mais desejava era passar as horas descobrindo cada polegada da mulher.

Este tempo acabou. Pelo menos é o que dizem.

Hoje está tudo ali, impresso no perfil de Facebook, postado em 140 caracteres ou menos no Twitter, nas ondas do rádio fake que é o Last FM.

Será que ela gosta de blues? Basta checar sua playlist.

Amor em tempos de internet é algo frio. Os amantes de amanhã não conhecerão hoje a sensação de ver o rosto abobalhado da menina que recebe uma mixtape em mãos. Não saberão o que é ter febre de tanta vergonha na hora de entregar o cassete. São meninos tristes e serão homens tristes.

Este é exatamente o pensamento corrente: os alicerces para a sedução não mais existem, pois tudo está exposto. Não há o que ser descoberto. E sedução é isso: descoberta.

Não é bem assim.

Hoje eu revejo este conceito de que a sedução está no limbo. Creio que, de fato, está tudo exposto e muito não precisa ser descoberto. O que exige dos homens sedutores malabarismos de diversas sortes. Isto se explica porque aquilo que se vê não é o que se tem. Ou seja, a persona criada para Facebook, Twitter, Last FM e afins serve não para que se conheça mais sobre a mulher, mas sim para que ela se esconda por sobre aquilo que ela julga ser sua personalidade.

Nas redes sociais, o homem é desconstruído – de estratos de carne e osso e personalidade e a coisa toda. É a desfragmentação de quem realmente somos. Viramos avatares. Você tem milhares de conexões no Facebook e ninguém com quem sair no fim de semana. Você é tendência no Twitter porque só fala coisa interessante mas não sabe conversar nem com seu vizinho.

Como nos tornamos muitos e nenhum, o que resta de nós – a nossa porção offline – cria uma aura de novidade. Torna-se difícil conhecer alguém de fato, por mais que conheçamos seus perfis na internet e saibamos todos os seus gostos.

É então que o mistério da mulher é realçado e ganha outros níveis. Aquela com quem você troca mensagens no chat não é a mesma menina com quem você bate papo na mesa de um bar ou durante um jantar.

O que aqueles olhares na mesa do restaurante querem dizer, meu Deus? E o que eles escondem? É um qualquer coisa que não cabe em 140 caracteres.

O mistério acabou com as redes sociais, com esses lugares onde se escancaram gostos e opiniões? Não. Muito ao contrário. Ele apenas tornou-se mais difícil se ser decifrado.

Rodolfo Viana

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Reaprendendo a se reapaixonar



“A pior coisa que um homem pode fazer por uma mulher é se apaixonar por ela”.


Dentre os sentimentos que mais derretem cérebros e quebram corações, a paixão está entre as primeiras, sempre. Ela causa amor, causa desilusão, causa esperança, causa decepção… a paixão é a selva do ser humano, é a parte irracional da mente e o lado inconseqüente do peito.

A paixão exige o afogamento em si, a insegurança no próprio taco e a falta de discernimento. Só assim ela irá te pegar pelas bolas – no seus casos, pela buceta – e te jogar na sarjeta. A paixão é boa, mas é cruel. Nos mantém vivos o suficiente para queremos morrer depois.

Certa vez defini assim o amor: “O amor não traz plenitude, não devolve a harmonia. Amor não traz paz nem traz distração. Se busca por isso, deve-se ter alguém que não te ame ao teu lado. Amor machuca, confunde, arde e consome. Amor não se ausenta, não se cala, não permite a distância. Errado quem pensa que amor é deixar ir. Amor requer presença, mesmo que apenas do lado de dentro e não ao lado. Deixar ir é ser covarde, assim como aprisionar é acovardar-se. Amar permite a ausência mas não a inexistência. Amar tolera a concessão mas não a omissão”.

Isso tudo é em decorrência de uma avassaladora paixão (clichê necessário). Mas não qualquer uma, tem de ser aquela que alimenta o amor, que vira seu combustível renovável, seu oxigênio em meio às chamas. Aquela cujo qual o amor sem ela vira algo fraterno, quase idealizado, praticamente platônico. Aquelas paixões raras, não essas que acontecem por projeções de carência e duram uma semana. Se você coleciona paixões, se mantém apaixonada por vários ao mesmo tempo, nenhum deles é realmente especial. Apenas se apaixona pela necessidade de sentir a paixão. E isso é apenas a carência gritando por alguém. Qualquer alguém.

E nisso entramos, de fato, na frase de abertura deste texto. Já a repeti uma centena de vezes e a repetirei outras tantas centenas iguais. Só não se assuste, não estou repudiando a paixão, tampouco pregando o desapego. Apenas estou dizendo que um homem apaixonado pode ser um grande problema para ele e para a mulher alvo da paixão. Talvez por ser fácil de acontecer – mais do que você imagina -, a paixão tende a causar reações diferentes na mesma pessoa. Uma paixão poderá deixá-lo mais sensível e propenso a se jogar, enquanto outra te fará se retrair e se fechar por medo. Nos dois casos, haverá uma pressão mútua por uma mudança de postura. Deixará de ser gostoso, virará obsessão, perderá qualquer discernimento sobre a realidade.

Apenas uma verdadeira e real paixão se manterá viva mesmo quando transformada em amor… e isso terá o dom de realocar conceitos. E é como me encontro hoje. Com um conceito totalmente realocado e remanejado. Hoje não posso usar a referida frase com toda veemência habitual. Pois não estou a aplicando com essa ênfase de ser algo errado. Hoje, me manter apaixonado por uma mulher tem sido a melhor coisa que posso fazer por ela. E por mim. E para isso, precisei reaprender a me reapaixonar… por ela e por mim.

É descobrir beleza nas pequenas coisas recebidas, sem confundi-las com migalhas. Enxergar com clareza sem que o ciúme e a possessão camuflem os sinais. É você querer se ver melhor apenas para conseguir estar presente no outro. É saber que o machucará ao seguir se machucando. É compreender que o outro não é a razão da sua felicidade, mas ele a transforma em uma coisa muito mais gostosa de sentir.

Não vira muleta e não se faz manco para manter o outro perto. É uma paixão menos opressora, mais permissiva. Ela entende e se faz entender. Ela te faz abdicar de outras paixões sem que se sinta mal por isso. É algo bonito e que apenas os envolvidos tem elementos para compreender, assimilar e aceitar. É aquilo que faz o amor se manter sorrindo e vivo e respirando.

Você se conecta ao outro, acessa o outro de forma mais intensa, forte e real, sem projeções ou questionamentos. Você não consegue se afastar, você não quer o afastamento. Algo te puxa te volta, te mantém vivo no outro e o mantém vivo em você. Você apenas quer e se sente querido.

Talvez eu seja apenas mais um idiota apaixonado falando de amor. Talvez. E justamente por isso não tenha saído um texto coerente, de certa forma. Mas certamente você vai lembrar de alguém ao ler isso tudo. E uma lágrima vai brotar nos olhos, mesmo que não caia. Um choro pela saudade, pela ausência física. Mas é também um choro bom, por saber que consegue sentir isso por alguém ainda. E se sorrir ao se lembrar e chorar, é sinal de que sua paixão é boa.

Então: já se reapaixonou hoje? Está esperando o que? Às vezes, do outro lado, tem alguém tentando o mesmo que você! Só saberá se permitir a inconseqüência e mandar um foda-se pro mundo. O mundo não tem os elementos que você tem.

Ainda há magia, ainda é algo mágico esse lance idiota de se apaixonar.

Felipevoigt

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sempre foi Ela .


Eu sempre idealizei muito as coisas. Tudo. De uma entrevista de emprego a pedidos de casamento para namoradas que ainda não existiam. E na parte romântica dessa, digamos, característica, eu sempre idealizei até demais para um homem. Eu chegava a ponto de separar músicas e filmes para mandar para namoradas que eu não tinha, eu ensaiava pedidos de namoro para sogros que eu ainda não conhecia, eu escrevia discursos de casamento para noivas igualmente desconhecidas.

Nada disso nunca saiu do papel porque eu nunca havia encontrado a mulher para quem eu havia guardado tudo isso. E do término do meu último relacionamento cheguei a pensar que jamais colocaria todo o ensaiado em prática, porque aquele mulher não existia. E se existisse não ia perder tempo comigo, ela iria atrás do sujeito idealizado por ela, que logicamente não seria eu.

Como diz o Verissimo, Ledo e Ivo engano. Eu a encontrei. Em uma cidade do interior de Sao Paulo, encontrei a mulher dos meus sonhos se escondendo atrás da frustração de relacionamentos passados. Escondendo toda a sua perfeição por causa do medo de sofrer, de se entregar. Doída e machucada por achar que nenhum homem nunca havia lhe dado o devido valor. Claro que não deram, nem podiam! Ela é a mulher dos meus sonhos, não dos deles! Era ela. É ela. Sempre foi ela. Sempre foi pra ela que guardei as músicas, as poesias do Pessoa, do Vinicius e do Drummond. Sempre foi pra ela que eu ensaiei “eu te amo”. Sempre foi pros pais dela que eu li pedidos de namoro na frente do espelho ou durante o banho. Sempre foi.
Sempre foi ela que povoou meus sonhos. Sempre foi essa baixinha de pouco mais de quarenta quilos que me fazia pensar nas loucuras que eu um dia faria por amor e nunca fiz. Sempre foi por ela que eu pensava em passar um dia em outra cidade, sempre foi a ela quem eu queria surpreender de aparecer na cidade dela a 500 quilômetros da minha e dizer “Vem me buscar na rodoviária, vim só pra te dar um beijo”. Sempre foi ela. É ela. Sempre foi com ela que eu queria envelhecer na cadeira de balanço na varanda, de mãos dadas, vendo os netos brincando com os cachorros no quintal. Todas as dedicatórias imaginadas dos meus livros sempre foram pra ela.

Sempre era ela que, nos meus sonhos, não me julgava pelos meus defeitos nem tentava me mudar como se eu fosse um monstro. Sempre foi com ela que eu compartilhei meus sonhos, meus desejos e meus medos. Sempre foi dela o cafuné que eu queria ganhar pra dormir. Sempre. E agora precisamos começar logo, porque tem muita coisa acumulada pra ela.


Leonardo Luz

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Porque bonzinhos são tão desrespeitados?


Homens bonzinhos projetam nas mulheres os carinhos afetivos e amor que tinham da mãe. Como elas não querem ser babás de marmanjos e muito menos bancar a mamãe deles (elas querem um líder), não os escolhem. Exceto é claro nos casos onde o paspalho se torna um provedor assexuado, que esbanja dinheiro e agrados para a mulher exigindo pouco sexo em troca. Neste caso elas até aguentam bancar a mãe do bebêzão enquanto a grana ou os benesses durarem, mas não espere fidelidade eterna – e tome cuidado com o limpador de piscina.

Os bonzinhos também são rejeitados porque não constituem um desafio. As mulheres alimentam a esperança de transformar canalhas e bandidos em bonzinhos que se converteram apenas por causa delas. Tentar dominar um cafajeste, um canalha, um trafica de morro, um marginal ou até mesmo um bandido é para elas como andar numa montanha russa de emoções.

Muitas mulheres não desistem de “bandidos” porque possuem a vã esperança de transformá-los em pais de família dedicados, se vangloriando depois de que foram as motivadoras de tal mudança. Já os bonzinhos não constituem um desafio ao ego feminino: aceitam tudo o que elas mandam, não possuem vontade própria, perdem a identidade, replicam os comportamentos e preferências da namorada por medo de desagradá-la, possuem enorme dificuldade de contrariá-las etc. Obviamente não devemos virar bandidos, pelo contrário, devemos transcender isso sendo cidadãos de bem e honestos quer elas gostem ou não. Mas há uma enorme diferença entre ser um cidadão honesto e um lambedor de calcinha.

É por isso que bonzinhos são desrespeitados e os cafajestes e canalhas são reverenciados pelas mulheres. Bonzinhos se colocam numa posição inferior, pedindo clemência, enquando cafajestes jogam com o inconsciente feminino e sua necessidade de se provarem fêmeas fatais.

Antes que digam, o mesmo não acontece com os homens. Nenhum um homem vai no puteiro procurando uma mulher rodada pra casar, a maioria quer casar e constituir família com virgens e mulheres decentes, recatadas. Já as mulheres não se importam em casar com canalhas e destacados na esperança de domá-los, e quando não conseguem dizem que os “homens não prestam” e que elas querem os bons, ao mesmo tempo sentindo repulsa por virgens inexperientes.

Homens só procuram vadias para sexo. Mulheres procuram canalhas para dar tudo do melhor na esperança de convertê-los. Elas são enganadas por eles? Talvez uma minoria seja. Mas beira o ridículo dizer que enxergava “um cara honesto” em um playboy bombado, rico e claramente possuidor de várias mulheres, ou num marginal de morro com tatuagens de cadeia. Não somos trouxas de acreditar nisto. Elas também vão ao delírio com músicas que apoiam amor não-correspondido de canalhas e cafajestes (“amar não é pecado” etc), pois sempre estão buscando argumentos para defender suas predileções por bandidos, crápulas e canalhas de pior espécie.

É claro que, embora essa seja a realidade nua e crua sobre a maioria das mulheres, não há motivos para virar veado e desistir dos relacionamentos. Ainda existem mulheres que sabem valorizar um líder sem que ele precise virar um cafajeste, desde que você deixe de ser um bonzinho e aprenda a lidar com elas.

Doutrinador

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

MULHERES DETESTAM AGRADAR OS HOMENS


Pegar uma cerveja pro marido é machismo. Dar sexo de qualidade todo dia é degradante. Sexo de qualidade só com um bom motivo. Cuidar das roupas dele é coisa de empregada. Cozinhar pra ele é opressão. Ouvir suas músicas de rock ou heavy metal preferidas é babaquice. Dar presentes só em datas especiais. Aceitar os programas que ele gosta é chatice. Assistir filmes de ação é insensibilidade. Jogar videogame é coisa de criança. Ceder às vontades dele é humilhação. Aceitar qualquer dos itens acima é fazer um enorme favor.

Já os homens apaixonados estão acostumados a comprar flores que vão pro lixo no dia seguinte, pagar contas dela e subsidiar gastos, vão a passeios no shopping gastando grana e comprando coisas que ela diz desejar, passam o domingo na casa da sogra vendo Faustão, ajudam em problemas familiares e assumem obrigações do tipo levar sogra ao médico e ajudar o cunhado pobretão, aceitam assistir comédias românticas idiotas tudo numa tentativa de agradar as mulheres. Quando pedem um momento pra jogar bola com os amigos ou sair pra beber, são machistas, insensíveis, egoístas, fdps, criminosos, etc.

Sem perceber, os homens apaixonados acabam deixando a mulher transformar o relacionamento numa grande prisão, onde dão muito e recebem pouco. Não bastasse isso, elas ainda procuram formas de torturar emocionalmente o homem com uma série de comportamentos irritantes.

Será que é tão difícil assim para vocês valorizarem seus namorados e maridos ao invés de aporrinhá-los o tempo todo? Será que agradar o parceiro é ser vítima da opressão machista? Caia na real e pare de transformar o seu relacionamento num inferno.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Homem de Verdade?


Na cabeça do falastrão um homem não pode ser bem sucedido na vida se ele não tem um harém de mulheres à sua disposição.

Mulheres sempre são a prioridade para eles, mesmo que na verdade não tenham transado com metade das mulheres que alegam. Eles querem se formar na faculdade para ter um canudo “extra” para trepar mais. Querem um bom emprego para ter mais dinheiro e gastar ainda mais com mulheres. Querem uma promoção para impressionar as colegas vadias da empresa. Querem ser presidentes para terem uma secretária gostosa. Querem ter bens e posses para impressionar as amigas. Querem malhar para ficarem mais marrentos e autoconfiantes com as mulheres.

Para eles, todo e qualquer homem que faça uma dessas coisas por si mesmo, visando apenas sua evolução sem ter mulheres como prioridade são tratados como fracassados e pega-ninguém. Homens que estudam mais do que trepam são manés. Homens que trabalham mais do que trepam são manés. Homens que fazem musculação por prazer no fisiculturismo e não para impressionar piranhas são manés. Homens que vão a academia e não bajulam as gostosas são manés. Homens que não param no trânsito para olhar bundas são manés.

Sucesso para fanfarrões simplesmente não existe sem que exista uma vagina no contexto.

Parem de ser falastrões e façam mais, paspalhos. O verdadeiro (H)omem não é desesperado no sexo, mas calculista. O pinto do verdadeiro homem não gera logs de atividade sexual e publica na Internet, ele deve satisfações apenas a si mesmo. Não está preocupado em agradar a outros e em elevar o seu ego, mas tem sua referência bem estabelecida e inabalável.

O verdadeiro homem se recusa a ser um mero clone do Neymar ou de ídolos teens imbecis só porque elas gostam de “estilos”: ele consegue vender suas qualidades e aquilo que tem de melhor ao invés de “piratear” o produto dos outros.

Quer ser um homem de verdade?

Caia na real e pare de passar vergonha na frente dos outros ao falar em sexo o tempo todo e narrar esses contos eróticos imbecis que só você acredita. Pare de dar históricos de sua atividade sexual como se todos tivessem a enorme curiosidade em saber o que você anda fazendo com seu pingo de leite. Aprenda a falar sobre assuntos normais com seus amigos sem colocar mulher no meio ou desvirtuar a conversa feito um cachorro lambão sempre que uma mulher chega no ambiente. Seja prático, seja objetivo, aproveite o tempo, fale menos e faça mais.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Tudo o que desejar mudar em si é um obstáculo para a felicidade


A busca do homem no mundo, no fim das contas, é por felicidade. Exemplo bobo e simplista, mas eficaz:

Trabalhamos para ter dinheiro; queremos dinheiro para comprar coisas; queremos coisas porque cremos que isso nos deixará satisfeitos; queremos nos sentir satisfeitos porque acreditamos que a satisfação (neste caso, a satisfação material) é o caminho da felicidade.

Parece que não, mas resoluções de fim de ano – parar de fumar, se exercitar, trabalhar menos etc. – apontam para insatisfações pessoais. No momento em que eu prometo que vou parar de beber, assino um atestado de que aquela condição em que me encontro não mais me satisfaz.

Prometer coisas para o ano vindouro exterioriza exatamente o que nos consome no âmago. Assim, queremos dar um fim às nossas frustrações pessoais. E fincamos um marco, uma data: o primeiro dia do próximo ano. O simbolismo disso é simples: se o ano é novo, por que não a vida possa se renovar junto a ele? A questão é que o fim do ano é apenas uma convenção. Todos os dias morremos e renascemos. Podemos parar de fumar no 1º de janeiro ou na próxima hora.

Por que esperamos pelo fim do ano para mudar o que nos torna infelizes? Porque talvez sejamos muito ligados às nossas vicissitudes. Gostamos de nos entupir de gordura, de dormir meia hora a mais, de sentir o sangue ferver de ódio. E se prometemos fazer o contrário, algo se perde no nosso interior. E sim, gostamos de nossos vícios, apesar da nossa negação.

Muitos acham engraçadinho dizer que “a única promessa de fim de ano que eu faço é não fazer promessas”. Isso é triste, na verdade. Prometer é um exercício importante, tão relevante quanto o ato de cumprir tais promessas. Prometer é o primeiro passo para a tal busca da felicidade. A questão, assim, não é “fazer promessa”, que é algo saudável; mas sim o tempo, o período que escolhemos para isso.

Meu conselho: faça resoluções. Hoje, amanhã e depois. E cumpra cada uma delas.

E vocês? O que pensam em mudar em si mesmos amanhã

Rodolfo V