domingo, 15 de dezembro de 2013

Ilusão

Não trato como prioridade quem me trata como opção ..pessoas especiais tem atitudes especiais

Era para ser de um jeito...
O tempo não nos deixou opção
Agora é tarde..., todo tempo que devia ser aproveitado, foi no entanto desperdiçado...
E meu amor? Ele por você também foi desperdiçado...
É uma pena... eu ia te amar pelo resto da minha vida.
A vida é ingrata. Comigo sempre é ingrata.
O que faço com o amor que há em mim?
Torno-me então um ingrato com a vida...., estamos quites!
Nada mais votará a ser como era antes.
Não vou chorar mais, mesmo que o choro queira sair, ele não vai sair.
Eu tive que ser forte a vida toda.
Serei forte até o fim. Esse é meu fim.
E o amor? Ele não existe..., é apenas uma ilusão que a vida planta na gente.
Não há amor sem razão, não há razão sem amor.
Ele é ilusão!
Uma linda ilusão...
Quem não quer ser feliz? Ele não faz isso com ninguém.
Fugi com a minha razão e fomos para longe da loucura de amar
Ou se é feliz ou não! Não existe amor.
Não existe paz, sem amor, não existe razão sem amor
Não existe amor sem razão
Não existe nada, tudo é ilusão!
Forma em mim uma grande confusão...
Não quero amar mais não....
Tudo é ilusão
Eu não existo então!
Eu não existo não...

Michelle M

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Morena.



Olha só, morena. Quanto tempo faz que a gente não se vê? Você pode não lembrar, mas você nunca deixou de ser você. Aquela menininha com o chiclete de maçã que um dia me disse “eu ainda caso contigo, guri”. Tão tonto e tão moleque, eu não entendia de flores, amores, futuro, vida adulta, responsabilidades e blá, blá, blá. Vai ver era isso que fazia a gente dar certo na hora do recreio. E o sinal batia, mamãe chegava, você me dava um beijo na bochecha e o seu vestidinho florido desaparecia na esquina do fim da rua.
Olha só, morena. Hoje eu abri o jornal e parece que a chuva vai apertar amanhã. Tá levando guarda-chuva? Engraçado que quando eu ouvi “guarda-chuva” pela primeira vez, eu pensei numa caixa. Um guarda-água pra gente usar quando quisesse viver um amor líquido de cinema. Morena, essa gente do jornal é tão sem esperança. Transformaram as tragédias em rotina. É que as alegrias de bolso não dão manchetes. Elas são bobagem perto do caos. Daí eu viro a página e vejo o seu rosto sorrindo pra mim. Será que eles acreditam que a gente ainda pode salvar esse mundo?
Olha só, morena. Você não mudou nadinha. Hoje em dia eu só te vejo na TV. Você brinca de vilã, doce, sonsa e mocinha e mal sabe que, no fundo, me faz bem. Você diz que não entende o que eles vêem em você. Mas é que a capa e a fantasia te caem bem. Super-heroína, sabe? Aquela mesma que largou meu Saturno para tentar salvar o seu. Você me liga às vezes pra contar daqueles dias. Espero que não faça frio aí. Leva um casaco e ma maçã e me manda um e-mail. Se isso não bastar, eu corro aí. Mesmo que eu não me destaque na sua multidão de seguidores e seguranças, eu corro.
Olha só, morena. O relógio anda voando. Eu peguei meu violão e musiquei a gente. E o tempo fez ciranda de nós enquanto eu fazia esse som. Talvez você acorde meio tarde demais desses seus novos planos e se lembre do início antes do fim. No próximo fim de semana eu espero mais um pouco para te ver na piscina me olhando com algum carinho que a gente tem. Fico segurando a sua lancheira para não perder tempo no nosso recreio. Mesmo sabendo que uma hora o sinal bate e você desaparece na esquina de novo. Amanhã não tem aula e eu não vou te ver, mas eu corro aí. No fim, eu sei que você sempre se lembra de mim quando dá o comercial entre as suas cenas. É por isso que eu nunca mudo o canal da TV. E nem tiro aquele anel que você colocou no meu dedo uma vez.

Alguém Chamado Saudade.


Deixei a tua mesa do jeito que você deixou. partidas só não me incomodam mais que caixas. acho que não suportaria tantas caixas na sala de uma vez. vai uma e eu fico, vão duas e eu vou junto. eu sou meio que a medida do que dói e do que fica. essa semi-dor é aquela coisa pequena que ninguém vê, mas que palpita primeiro e depois explode. explode quando toca o rádio e quando cai o sol. explode quando o filme é sutil demais e me deixa pensar por onde você anda e por que eu decidi trocar você de lugar. o nosso amor desandou na viagem da casa. e a gente se esquece disso quando bate a saudade.
Eu me lembro do bom e do resto. mas a saudade só se lembra do bom. saudade é fotografia viva na minha parede. não mancha nem com o vinho que eu atiro nas noites de loucura. não desbota nem com a fogueira que eu faço quando a loucura me domina. não se esquece nem quando a nota musical grita um lá… quando eu me lembro de você é sempre dó e o violão parece chorar comigo. mas eu entendo. no fundo todo mundo entende e não quer aceitar o clichê. é que não tinha mais como ficar aqui. melhor guardar essa saudade do que viver a falta todo dia. a nossa falta era diária e o diário foi ficando pesado.  e quando eu decidi rasgar as folhas dele, decidi mudar o meu modo de escrever sobre a gente. mudei a minha gramática e as minhas regras de escrita. abandonei as maiúsculas e as nossas reticências vazias de significado. mudei de lápis, te tirei da estante e fechei a porta. mas a tua mesa continua ali, do mesmo jeito. só que com saudade.
E você sente saudade? saudade de quê? ela tem um quê de mim ou esse meu sorriso meio esperançoso é coisa só minha ainda? ah…deixa pra lá. a gente sempre deixa. eu deixo o vinho na sua mesa quase toda noite. mas não quero que você volte. não…a gente tá melhor assim e você pode não saber. mas eu sei e gosto disso. gosto dessa saudade que virou meu norte. essa minha saudade que é diferente das outras e não se esconde. é saudade que sorri pros outros e sorri pra vida. é saudade boa que fere um pouco e retoma a noite. saudade de apego com um sentimento de nunca vou te abandonar. me conforta. me faz sentir como se eu tivesse escolhido o melhor de você e vivesse cada dia lembrando um pouquinho de como foi me apaixonar por esse seu lado B. é, moço… você foi e foi bom. foi bem. a nossa viagem de casa anda melhor assim porque antes nem andava.  e eu aproveito pra brindar com quem me entende e não faz falta. com quem me leva, me dá alento, me devolve o sono e me faz abraçar o travesseiro mais ternamente. e enquanto eu te falo sobre essas coisas, o vinil dança e dita o ritmo da minha companhia. veja bem, meu bem…arrumei alguém chamado saudade.

Daniel B.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Hedonismo


"Hedonismo é Pecado?Discordo.Hedonismo é felicidade fértil...É felicidade que se esconde num sorriso,numa paisagem ..."

Em Objetos que recriam sensações...

"Na magia de um leve embriagar..."
"Na noite...Misteriosa e Surpreendente como só ela sabe ser..."

"No Amor...E no Humor!"

"O meu Hedonismo é palatável,sensorial...Fresco como fruta recém colhida...Doce.Como deve ser...Úmido e Pulsante.Livre e Navegante..."

"...É ter a sensação de que se está apaixonado...Sem saber porquê...Sem saber por quem...É simplesmente se apaixonar pelo jogo cotidiano da Vida,essa Deusa de linhas tortas"
"E quando você descobre alguém para amar??Existe Hedonismo maioR?Não!!!E quando esse certo alguém te corresponde...Existe maior sorte no mundo??Não!!!Reciprocidade de Sentimentos:Eis o Hedonismo Mor!"
"Cheiros,teXturas,histórias,literatura...Me deixe horas largada nessa vibe!!!Identificou prazer?Hedonismo na certa!"

Amar um ser incondicionalmente.Também é um fundamento meu...

"A paixão por si próprio,a vaidade,a sensualidade...A possibilidade de ser criatura dominada...A possibilidade de saber que vc domina...Mesmo que por alguns segundos,mesmo alguns olhares, enquanto passa na rua...Auto Estima:Existe Hedonista sem isso?"

"Solidão.Muitos não considerariam um princípio Hedonista.Discordo totalmente!!!Estar só e na mais completa solidão,as vezes é melhor maneira de estar acompanhado...De suas próprias ideias,sensações moldando-os e aprimorando-os para um belo dia joga-los ao mundo,ao sabor delicioso do vento e das pessoas..."

O Hedonismo Se fosse representado por uma cor seria Vermelho,se fosse um gênero Feminino,se fosse uma parte do corpo Humano as Mãos...
"Ter a "impressão de que nada é ilegal imoral ou engorda." "Sem magoar outras pessoas...Ou ao menos tentando não fazer isso...Não somos perfeitos...Vamos tocar o F.O.D.A-Se pros idiotas com Classe e Elegância...Garbosos!

"Ah!!!O Hedonismo expresso de sua forma mais famosa...A sensualidade...Os sensuais Hedonistas são Belos,são Não tão belos,são feios...mas tem uma coisa em comum:São Hedonistas Plenos...A sensualidade,a sexualidade,os pactos com Baco,o cheiro,o gosto da Pele...ahhhh"

Hedonismo expresso na dança,no movimento dos corpos, dos ossos..."
"Enfim...O novo hedonista talvez não seja nômade propriamente dito...Ou não frequente as festas Organizadas por Baco...O novo-hedonista se preocupa com contas do mês,com filhos,com futuro,IPVA,IPTU,transito caótico...Mas o novo-hedonista não pode deixar de ser um cigano.Um cigano de ALMA!!"

E não pode deixar de ser livre...

"Repito:Não pode deixar de ser livre...Defendendo seus ideais.Vivendo e Aprendendo a (se) jogar..."

"E não pode deixar de sorrir..."

"Dessa forma o Hedonismo pode deixar de ser visto como Mero "PECADO......""
Aristipo de Cirene(- 356 a.C.)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Em que caixa você guardou a sua saudade?


O curioso do quarto é que ele é o lugar da casa que mais guarda segredos e histórias não visíveis a qualquer um. A gente abre a gaveta e joga um amor, pega um cabide e coloca uma morena de olhos verdes pendurada naquela marca de batom no colarinho, a gente abre uma caixa e revive umas cenas que a gente nem lembrava mais.Você encontra rostos conhecidos e alguns que se perderam por aí faz tempo. O coração aperta, não aperta? São letras de mãos que contam mais que histórias: contam quem você é, foi ou deixou de ser de alguma forma. A composição do meu guarda-roupa é meio que assim: passado, presente, futuro e o que eu nunca vou deixar de esquecer.
A parte divertida de deitar no divã do quarto é que você se analisa sem precisar de um desconhecido qualquer cobrando uma fortuna por uma hora de desabafo. No fundo, a gente só quer ser ouvido e não há ninguém melhor do que todos os personagens que a gente já foi um dia pra ouvir a gente.Todo novo ciclo pede uma entrada e uma renúncia. E a gente renuncia todo dia, toda hora, todo momento. Não só para ciclos longos, mas pra quando a gente acorda e vai dormir. A gente abre mão do sofá porque tem que trabalhar e da TV à noite porque o corpo pede calma.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Beleza é importante, sim.



O fato geral é que não admitimos, numa conversa franca, que aparência é um chamariz quando conhecemos alguém. Por mais que se tenha um padrão de beleza definido socialmente, cada pessoa possui um conceito diferenciado do que os atrai em alguém. Só que tanto homens quanto mulheres evitam admitir que certos traços de aparência e apresentação chamam a atenção e direcionam seu interesse por alguém. Isso acontece pelo medo de sermos taxados de fúteis ou superficiais quando, na verdade, isso só confirma uma tendência natural do ser humano que é construir a atração a partir de vestígios e sinais da primeira impressão. Um exemplo disso é que você vê a mesma pessoa em duas situações diferentes: em uma, ela está desarrumada, mal apresentada, com sinais de cansaço e sem nenhum apelo de vestuário. Na outra, ela está pronta para uma festa e possui todos os elementos que turbinam sua aparência. Essa pessoa está mais propensa a atrair o desejo de alguém na segunda situação, seja ela homem ou mulher.
A negação de que beleza é um aspecto importante em primeiros contatos vem do receio em se cair em relações vazias e pautadas na imagem. Como se você, ao admitir a escolha por meio da imagem, confessasse que escolhe um livro pela capa e quer uma relação que lhe sirva de cartão de visita. Esse pensamento é bastante equivocado. Quando não se tem aprofundamento da pessoa, ou seja, quando se é o primeiro contato entre dois indivíduos, a gente só possui o aspecto visual como “balança” para pesar o interesse e decidir qual pessoa escolher para um primeiro contato. Por isso é normal que pessoas consideradas bonitas pelo padrão se dêem bem em eventos de mínimo contato e apelo visual maior. Obviamente que a atração é um conceito que não tem ligação apenas com o padrão de beleza estipulado. Atração representa o conjunto de imagem que você tem pelo outro e todos os aspectos que despertam aquele interesse. Para alguns, um corpo bonito é mais importante do que o rosto. Para outros, um sorriso largo e bem distribuído no rosto chama mais a atenção do que coxas grossas ou ombros largos. Portanto, mesmo que reafirmem que “beleza não importa”, o fator de interesse continua sendo orientado pela ideia do que cada um de nós temos como belo em alguém.
É hipócrita dizer que beleza não funciona para você. Claro que uma relação mais profunda não se sustenta por beleza. Mas, num primeiro momento, é justamente o fator que faz algumas pessoas entrarem em vantagem sobre outras no quesito “interessantes”. Negar isso leva a casos extremos, e gera problemas futuros. Tantos os que se negam a considerar a atração, quanto os que desconsideram todos os outros fatores. É preciso que haja um equilíbrio e que a pessoa escolhida te cause interesse das duas formas (emocional e fisicamente). E pra quem chegou até aqui com a mesma ideia na cabeça (de que não se importa com beleza), fica o ditado: beleza não se põe na mesa, mas abre o apetite.
Daniel B

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Tive Que Ir .

 Fico lembrando, agora, e pensando em quando isso tudo vai deixar de ser divertido. Porque, você sabe, um dia, a gente muda, enlouquece e resolve ir embora.

Saí sem fazer alarde e, dessa vez, diferente de todas as outras, não bati o dedinho do pé na quina de sua cama e nem precisei apalpar suas paredes sempre tão magnéticas para meu nariz. Não precisei nem acender a luz do quarto, apenas tirei meu peito debaixo de sua cabeça e, no lugar dele, deixei meu travesseiro lotado do meu cheiro para que não notasse minha fuga.Sem fazer qualquer barulho, ainda tive a audácia de abrir suas gavetas, armários e pastas do computador, pois queria apagar de vez todas as provas e rastros daquilo que havíamos vivido até ali. Joguei minha escova de dente pela janela e meu desodorante coloquei no bolso. Calcei o chinelo que morava ao lado do seu e na mochila, com dor no peito, coloquei os muitos livros que lhe emprestei e você nunca nem pensou em ler. Por fim, para tentar poupar-lhe de qualquer nó na garganta ou esbarrão imprevisível com a saudade, apaguei do seu computador as fotos sorridentes que havíamos tirado e joguei na lixeira aquela playlist que ouvíamos em looping eterno enquanto varávamos a madrugada entre goles de qualquer coisa.
Desculpe-me por ter saído sem que pudesse notar, por ter me desfeito de nossas impressões digitais sem que você tivesse a chance de me contrariar e por não ter deixado nenhum mísero recado na sua geladeira explicando o motivo que me fez deixar nosso amor inteiro em pedaços.
Eu realmente precisava ir, e só saí antes da hora porque queria levar comigo somente as lembranças imaculadas do nosso auge e sabia que só assim conseguiria fazer com que nosso caso durasse para sempre.Eu saí antes que nossos beijos infinitos virassem apenas selinhos apressados, sem gosto, presença de língua ou demonstração de fome. Eu saí antes que faltasse conversa em nossos passeios de domingo e antes que o volume do som do carro não fosse mais diminuído para que pudéssemos ouvir o som de nossas vozes. Saí antes de virarmos rotina, silêncio irreversível, acomodação covarde e pena um do outro. Eu saí morrendo de vontade de continuar ali, com meu pé encostado no seu e meu braço dormente debaixo de seu pescoço, mas sabia que precisava ir enquanto ainda havia tempo para congelar aquele sonho, perfeito como só ele foi.

Livro - CONFISSÕES DE UM CAFAMÂNTICO

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Ensaio Empírico


Foi quando eu percebi... quando percebi que em você não havia amor nenhum, quando notei que eu significava "coisas de mais" na sua vida. E bem... Amores não resistem a "coisas de mais". Então, eu tava falando que... Ah!... foi quando eu entendi e... sim, eu sei... eu levei semanas... anos pra entender... que você simplesmente não servia... foi aí que eu pensei: “eu vou embora”. E nessa hora foram mais semanas, anos, eu sei... mas você precisa entender que leva tempo. Então, de repente levantei... e fui embora tão rápido! ir embora é fácil, sabe? Difícil é levantar. Olha... você pode até achar bonito... e até pensar que eu sei das coisas... No fundo você tem razão. É um pouco bonito sim... e eu sei um pouco de coisas sim. Levei décadas pra entendê-las e depois... mais vários anos pra levantar... Eu sei que em semanas eu já estava longe... mas eu tinha deixado um vasinho com plantas pra trás... e elas certamente morreriam. Pq as plantas morrem perto de alguém que morre de medo. Foram séculos pra voltar.Nunca fui amado no dia do meu aniversário. E nunca “não fui traído”. Sequer respeitado. Mas também... o que é “ser amado”, “ser traído”, o que é a porra do “dia do aniversário”? Meras convenções... uma tolice. Tolice como o amor que sinto. Essa é a palavra. Tolo. Sou tolo. Olha que estranho... “Tolo”, “tolo”. Fala! Olha que estranho de falar: “tolo tolo tolo tolo tolo tolo”. Eu desde o início sabia o que ia acontecer. Algumas pessoas acham que eu sou exagerado. Vocês não sabem o que estou sentindo.Vocês não sabem a distância da minha percepção.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Não sabote sua felicidade.


Existe uma lei muda que ronda desde o play em que você brincava quando era criança até os bares que frequenta hoje: se uma das partes expuser seus sentimentos antes de existir de fato uma relação, pode ser que não role nada. Isso porque essa pessoa em questão está “entregando tudo de bandeja”. Porque ela “é fácil”. E aí a conquista não vale mais a pena. Quantas pessoas conseguem dizer “eu gosto muito de você” no segundo encontro? Tem gente que deve estar se revirando e pensando: “nossa, mas essa pessoa já gosta muito de outra no segundo encontro?”. Sim, isso acontece nos melhores botecos e, inclusive, com os melhores botequeiros. Já aconteceu com você, provavelmente.
Sabe aquele cara que sempre te ajudava na escola com a matéria atrasada? Aquele que ligava pra sua casa todo dia depois do almoço? Ele era bonitinho, legal, mas você só o via como amigo e confidente. Ele queria ser muito mais que isso. Você contava para ele sobre o garoto do time de futsal que nem sabia da sua existência, por quem você estava caidinha. E colocava o menino tão doce e prestativo na friend zone. Lembra aquela garota, aquela de vestido bonito do samba? Sorriso legal, engraçada, um papo cabeça. Vocês ficaram nessa noite e, depois de uma semana, ela te disse que estava acontecendo alguma coisa por dentro, confessou que estava sentindo algo a mais por você. Foi o que bastou. De repente, aquela garota bonita, aquela que você pensou “que sorte eu ter ficado com ela”, se torna somente mais uma. Você pensa “será que ela é realmente isso tudo?” e passa pra a seguinte, uma que te torture um pouco mais.
Que fique claro que isso não é uma generalização, mas cá entre nós, você sabe que isso acontece muito. O conceito da procura por algo desafiador está distorcido. E na minha opinião, não existe desafio maior do que se entregar a uma relação. Conquistar alguém todos os dias. Procurar no outro aquilo que te despertou o interesse não é tarefa fácil. Além disso, o prazer da conquista inicial é efêmero, enquanto o da conquista duradoura pode ser eterno. Não estou falando que todos deveriam estar em relacionamentos, só que, se o nosso olho só brilha pelo que está muito além do alcance dos dedos, alguma coisa deve estar errada. Cuidado para não acabar de mãos vazias e coração frustrado.
Um dia a gente aprende o quanto é gostoso gostar de quem gosta da gente. Quem sabe não seja hora de você dar chance para quem quer te fazer bem? Não sabote sua felicidade. Valorizar quem está ao seu lado, quem cuida de você, é um dos caminhos para ser feliz. E como cada pessoa tem diversas facetas, as possibilidades são infinitas. Você pode simplesmente descobrir que esse alguém do seu lado é uma fonte inesgotável de exploração. No bom sentido, claro. Um mar de cheiros, gestos, carinhos, pensamentos, sonhos e expectativas disponíveis para quem ousar se aventurar

Nataly L.

sábado, 27 de julho de 2013

Monólogo sobre o desamor.


Sabe, eu passei uma vida toda tentando encontrar a resposta pra aquele tal probleminha que todo mundo disse que eu tinha. Fui na tal da psicóloga, bati papo por horas, dei uma ou outra olhada no telefone pra ver se alguém ligava e nada. Só agonia. Achei que era falta de alguém e lá fui eu tentar me relacionar.Vocês já viram como é difícil se relacionar com alguém? Credo! Não sei por que vocês choram tanto por amor. Se vocês soubessem da mágoa que é viver com a sensação de que nunca se amou alguém – e que nunca vou amar ninguém… Eu tenho plena certeza disso. E demorei muito pra entender isso entre um trago e outro. Não, gente, ele não vai chegar. Não tem aquela história de homem dos sonhos, príncipe encantado e o que mais vocês inventarem que vai chegar. Mas calma… Isso não é revolta. É constatação, sabe? Chega uma hora que você olha pra fora de casa e vê que ninguém mais vai bater na porta. Não é desesperança, é que não tem ninguém que me traga conforto.
Vocês aí… Vocês ainda têm por quem chorar e por quem sentir saudades. E eu? Eu vou sentir saudades de quem? Não tem “ele” nenhum na minha vida. Não tem ninguém com quem eu tenha escrito alguma história – pra bem ou pra mal. Não tem beijo na chuva ou porta batida. Não tem – e nunca vai ter – aquele sexo de reconciliação gostoso ou aquela gritaria de doer as cordas vocais. Não tem roxo na perna, nem vai ter arranhão de raiva. É por isso que eu gosto de roer as unhas. Pra achar que foi por um motivo corriqueiro de nervosismo. Pra tremer com a imaginação de que alguém vai ligar e me pedir desculpas por ter sido grosso comigo. Pra me desestabilizar dessa falta de tempestade – dessa maresia leve e poética – que enoja.
Essa imagem de que sempre tá tudo bem… Não é que seja ruim. Mas é falsa. O mundo inteiro com seus conflitos por aí, e eu explodindo pra dentro de mim. O chato disso tudo é que eu sofro implosões cotidianas e vou dividir com quem? Como é que é essa parte do tal do amor? No final, sou só eu e mais um dia de chuva. De temporal bem no meio da minha cara de quem chora por ninguém, e deixa pra lá. Deixa pra lá que é solitude, e solidão é um papo pra outro dia. Deixa pra lá que eu fecho a cortina de novo, e me jogo na cama, e brinco sozinha comigo mesma. Rindo de como pode ser estúpida a dor de sofrer por um desamor.

Daniel B.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Carta a quem já se foi.


Continuaria escrevendo umas cartas e uns textos sobre algumas garotas, e você não saberá que são todas sobre você. 

Eu vou sentir sua falta. Aliás, eu já sinto. Sinto que eu deixei escapar a minha melhor chance de ser feliz – e isso não é nenhum estado depressivo que se agrava e se repele automaticamente depois de algum tempo. É conformismo. Constatação das brabas. Daquelas verdades inconvenientes que são pregadas na parede do quarto feito papel de parede que a gente não escolheu.E nem adianta tirar porque a pintura vai descascar e esfarelar tudo. Vai sujar o chão. E as marcas de que um dia eu te perdi vão continuar ali – nas ruínas de um quarto velho e torto no segundo andar de uma casa desalmada qualquer.
Você foi a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo – e só Deus sabe como eu amei você. Do meu jeito, mas amei. Com pretensões, com modos de indicativo e imperativo, sem modo algum, com gentileza e cadeiras puxadas pra você cair diretamente nos meus braços. Com trinta e sete minutos de conversa antes do dentista, com pano e água gelada pra baixar a febre, com o coração na mão pra pedir desculpas depois de ter feito você chorar. Amor não se acaba. Amor fica intacto no espaço e no tempo. A gente é que muda e faz dele fantasia. Abstração. O factual continua com a vida, mas o amor ficou guardado entre o dia em que você me disse que não entendia nada disso de amor, e o dia em que me deu Adeus. Suspenso no ar. Como se ele desacreditasse piamente naquele vocabulário extenso que englobou a nossa despedida.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A dor é inevitável, o sofrimento é opcional


Acredito, humildemente, que felicidade é algo que se busca todos os dias. Temos uma mania nociva que tende a nos levar pra baixo em muitos momentos da vida. Vemos sempre mais razões para reclamar das coisas, do que para celebrá-las. É aquela história de ver o copo meio vazio ou meio cheio. Como quando acordamos atrasados para ir trabalhar e, ao chegar na garagem, a bateria do carro acabou. Como seres mimados que somos, reclamamos que a vida é injusta, que isso tem que acontecer justamente com a gente, bem no dia que estávamos atrasados. Estupidamente, reclamamos da vida quando deveríamos dizer – “Acabou a bateria, mas UFA, que bom que eu tenho pernas pra andar até o metro e dinheiro para pagar minha passagem.” A ingratidão reina. 
E são exemplos assim que me fazem pensar na metáfora da bifurcação, quando pensamos em felicidade – o tempo todo, somos sujeitados a situações nas quais nos vemos em frente a uma bifurcação. Como no caso do carro sem bateria – assim que você constata o problema, você fica de frente para duas estradas – a do lado negro (e mais tentadora) que é reclamar, mal-dizer, ficar de mau-humor. E a do lado da luz – pensar que sempre poderia se pior e agradecer por todos os outros presentes que a vida te dá.
Mas o ciclo também pode ser do bem, quando você escolhe o caminho da luz em frente as dificuldades da vida. O carro ficou sem bateria – tudo bem, o que não tem remédio, remediado está. Você vai para o trabalho de ônibus apertado, mas em vez de reclamar, dá graças a Deus por não ter que depender do transporte público todos os dias. E aí do próprio ônibus, você liga para o seguro, que guinchará seu carro até a próxima mecânica. Pronto. Com um pouco de reflexão, você mais uma vez escolheu estar feliz. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional. Sua energia boa contaminará outras pessoas e, mais uma vez, inicia-se o ciclo – dessa vez, na luz.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Felicidade Obrigatoria ?


Pois se eu quiser sofrer, que me deixem sofrer em paz. E se eu não aguentar mais, que me deixem desistir. “Não desista nunca!”, eles diriam. Ora, eu desisto se quiser (na verdade, se não quiser mais). Não acho que desistir seja sinal de fraqueza. E mesmo que fosse, eu tenho o direito de fracassar também. A sociedade nos enfia uma obrigação de sorrir o tempo todo goela abaixo que a gente engole e… abre um belo sorriso. Pois é isso que temos feito de melhor.
A felicidade que nos é imposta sequer é aquela felicidade calma de uns anos atrás. É uma felicidade exagerada, exuberante, forçada, brilhante,que pisca na nossa cara feito um letreiro de motel. E qualquer “felicidadezinha”, dessas mais singelas, não serve pra nada.
Será que essa felicidade obrigatória (e também exagerada, exuberante e forçada) não seria o motivo do aumento nas filas dos psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, psicodélicos, psicocinéticos, psicopatas e psyducks…?
Piadinhas infames à parte, hoje em dia não é permitido mais reclamar sobre o seu emprego, não é permitido chorar quando se está triste, não é permitido acordar sem dar bom dia aos passarinhos. Se bobear, daqui a pouco nem picar cebola vai ser permitido mais porque lágrimas não são bem vistas aqui. Qualquer um que perceba que não consegue sorrir 24 horas durante o dia começa a achar que há algo errado. Com a sociedade? Não, com você. Antigamente se você sofria demais, não estava contente com o trabalho ou a vida pessoal, corria o risco de ser taxado de dramático ou “reclamão”. Época boa essa. Hoje em dia você “tem que se tratar”, “acho que você é bipolar”, “já ouviu falar em rivotril?”. E aí dá-lhe consulta com psicomédicos, dá-lhe terapia. A tristeza é então tratada como uma nova patologia. Na verdade, nem só a tristeza, a simples falta da felicidade como é vendida já é algo a ser tratado.
A obrigação de ser feliz vem nos tornando secretamente cada vez mais infelizes. Porque a gente pega tudo aquilo que não está agradando, joga dentro de uma gaveta lá no fundo da mente e diz “xiiiiis” pro mundo. Porque a mente pode estar destruída e o coração despedaçado, mas o creme dental branqueador fez um ótimo trabalho no sorriso (afinal, tem sido a única parte sua que você vem mostrando por aí).
Sempre tive uma queda pelo drama e, sinceramente, prefiro mesmo um bom drama do que toda essa alegria pré-fabricada. Um drama sincero, pelo menos. O sorriso é bom quando surge na cara da gente por vontade própria, como um direito que todo ser humano tem de se acabar de rir por coisa alguma. Acontece que o ser humano tem o direito de se acabar de chorar também.

Mariane M.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ninguém muda ninguém !


A história do “ninguém muda ninguém” é um dos clichês mas antigos que existem. Mas parece que, de tanto ouvir, algumas pessoas acabam se acostumando com a ideia e esquecendo de colocá-la em prática.
Histórias se repetem dia após dia – a  pessoa entra em um relacionamento já ciente dos defeitos do outro, mas acredita vai conseguir mudar o sujeito. Por amor, feitiço, oração, chantagem, mandinga, o que for – muita gente realmente acredita que o outro vai se transformar só porque começou uma relação. Isso, meu amigo, é pura ilusão.
Vamos imaginar o seguinte. Você quer um bichinho de estimação – quer um bicho companheiro, que possa fazer carinho, que seja alegre, que goste de interagir com você. Um cachorro seria perfeito. Você sabe o que quer e sai em busca do tal bichinho que irá te fazer feliz. Mas chegando em uma loja de animais, você não encontra o  que estava buscando – só encontra passarinhos, mas está tão determinada e ansiosa para ter logo uma companhia que decide mesmo levar um deles. Compra gaiola, ração, imagina que ele vai ser muito feliz com você e por alguns momentos até esquece o que estava procurando antes de encontrá-lo.
Eis que você leva o bichinho para casa, mas depois de algum tempo, começa a se sentir sozinha. Sente falta do carinho, do aconchego – até tenta interagir com a coitada da ave, mas tem a impressão que não consegue se conectar a ela, como se ela vivesse em outra dimensão. Você admite que ela é bonita, canta bem, mas falta o resto. Depois de tanto tempo sem estabelecer contato e extremamente carente, você pega o pássaro, começa a fazer carinho, dar um monte de beijos, enquanto o pobre do bicho tenta desesperadamente se livrar da situação.
Já deu para perceber que insistir não vai te levar a lugar nenhum – por mais que você tente, ele não é um mutante e não vai se transformar em cachorro ou gato só porque você quer. Passarinhos não fazem carinho, não dão beijos, não dão lambidas de amor. Passarinhos cantam e voam. Se ter um bicho carinhoso era tão importante para você, deveria ter esperado mais ou procurado mais pra pegar um cachorro em vez de um pássaro. Tentar transformá-lo só vai trazer frustrações e sofrimento para os dois lados. Nesse caso, você tem duas opções: passar a vida toda tentando adestrar o passarinho para que ele aprenda a se comportar como um cachorro ou deixar o bichinho livre e procurar outro que possa te dar o que você procura.
Situações como essas são muito comuns em relacionamentos – pessoas passam a vida toda tentando mudar o parceiro e precisam se frustrar para perceber que ninguém é capaz de fazer isso. As pessoas só mudam por vontade própria, e não para satisfazer o outro. Não há força de vontade e esforço no mundo capazes de fazer um pássaro brincar de bolinha ou pular de alegria toda vez que você chega em casa.
e acha difícil aceitar que jamais conseguirá mudar o outro, tente se colocar no lugar dele – é mais fácil enxergar as coisas deste ponto de vista. Pense em algo que gosta de fazer, que faz parte de você, da sua personalidade, e pense em alguém tentando tirar isso de você, te descaracterizando. Não é nada confortável estar com alguém que quer te transformar em outra pessoa – se escolheu viver com alguém, é preciso aceitar o outro e aprender a conviver com as diferenças. Por isso é tão importante escolher muito bem antes de se envolver com alguém e estar muito atento às características da pessoa que não te agradam, ou que possam te incomodar no futuro. Analise: será que conseguirei conviver com isso, sem que isso me afete ou afete meu relacionamento?
Nunca é tarde para reconhecer o erro e perceber que não fez a escolha certa – tenha coragem, seja honesto consigo mesmo e admita que não dará certo. Se realmente não consegue conviver com certas características do outro, é preciso deixa-lo ir, para que ambos possam correr atrás da felicidade. A vida é curta demais para perdermos tempo sendo infelizes.
 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Da Próxima Vez Em Que Disser “Ele só quer me comer”, Lembre-se Disso

Ouço muitas mulheres se lamentando sobre os homens dizendo que eles são tarados, sexualizados demais, que não querem nada sério, que namorar nem pensar e se queixam dizendo: “no fundo, só querem me comer“. Sei qual é o incômodo implícito nessa queixa – o de serem vistas como um pedaço de carne, apenas um apelo sexual, uma vagina ambulante, em resumo, um OBJETO.
Essa sensação desagradável é legítima, mas quero ampliar o papo, afinal o sexo não é única maneira de tornar uma pessoa um objeto. Objetificar uma pessoa é um processo mental de despersonalização dela em favor de um único aspecto ou traço de sua personalidade, condição social ou material. Traduzindo – quando você fala da mulher gostosa, do amigo gay, do cara cheio da grana, está objetificando essa pessoa, ou seja, reduzindo-a a um só aspecto e perdendo tudo o que diz respeito à pessoa como um todo.
Muitas mulheres mesmo sabendo que são vistas como “um pedaço de carne” continuam se relacionando com o cara com a esperança que ele a veja para além da sua bunda ou seio farto. Ela quer namorar e ter um relacionamento “sério”. Logo que conhece o cara já começa a fazer um scanner psicológico e quer saber se ele é um bom partido. Se ele não liga no dia seguinte ela se sente ultrajada dizendo que ele a usou e que sentiu algo a mais por ele. Como assim algo a mais? Ela mal conhece o cara e já o acusa de ter sido usada?
E aí vem aquela revelação bombástica – a mulher que só quer namorar e ter um compromisso sério também vê o homem como um objeto. Um objeto para a sua fantasia de namorada. Aquele cara perdeu sua personalidade, história pessoal, amizades e um trabalho, aos olhos dela ele virou um namorado em potencial. Toda a experiência que ela tem ali é filtrada por essa ideia fixa que deixa seu olhar completamente tendencioso e aflito.
“Como assim ele não quis nada A MAIS comigo?”. Ela nem se pergunta se ele não se sentiu como um objeto sendo visto com tanta intimidade sem ao menos passar alguns dias ao lado dela?
Então, do mesmo jeito que você se queixa que ele só quer te comer (objeto-sexo), você também só quer namorar (objeto-compromisso/proteção emocional). Ambos são tratamentos que transformam uma pessoa num objeto, mas nossa cultura diz que só querer sexo é feio e só querer namorar é bonito, não é? Sem enxergar o outro lado da moeda, muitas mulheres não conseguem se soltar e ficar à vontade num contato com um homem. Estão sempre medindo quanto ele quer transar com ela ou não. No final das contas ficam sozinhas, reclamando e reforçando aideia de que são vistas como objeto… Desculpe dizer, minha amiga, você faz o mesmo!
 Frederico M

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O Pior Texto


                     escrever sobre voce quebra todas as regras gramaticais que eu conheco porque sua intensidade e a intensidade do que sinto quando olho nos seus olhos nao admite virgula ponto final ou qualquer tipo de pontuacao pois isso apenas quebraria a magia que cerca voce entao resolvi simplesmente abolir isso desse texto pois entre voce e a gramatica eu sou mil vezes mais voce ja que a gramatica me foi ensinada e voce me ensina ate hoje e se voce reparou eu tambem nao estou tomando cuidado com palavras repetidas que dizem que deixam o texto feio e entediante e que a falta de vocabulario mostra que a pessoa nao deveria estar escrevendo mas vou ter que abrir mao disso tambem porque meu vocabulario na verdade se resume simplesmente ao seu nome e eu nao me canso de repeti-lo o dia todo e a noite inteira e vou ficar repetindo mesmo as palavras que gosto e para completar nao estou acentuando palavra nenhuma porque seu nome nao tem acento entao eles sao totalmente desnecessarios para mim aqui eu vou abrir um parentenses e dizer que o mesmo vale para a cedilha fecha parenteses ja que nem sempre eu escrevo para voce mas obrigatoriamente o que eu escrevo e voce porque se a vida e um idioma a minha gramatica e voce beijos espero que tenha gostado p s o texto esta alinhado errado porque faco questão de mostrar com isso que nao importa onde eu esteja seja no começo ou no fim da pagina seja a direita ou a esquerda seja em cima ou em baixo eu estou sempre pensando em voce e outro ps para terminar e que eu comecei o texto com minuscula mesmo e nao estou nem ai porque nenhuma palavra merece ter destaque a nao ser o seu nome que ai sim seria escrito com todas as letras maisculas pois ele e seu e so seu assim como eu

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Gente Interessante


O mundo está abarrotado de gente interessante. Felizmente nem todo mundo sabe quem é a tal da Carminha, nem todo mundo rebola ao som de ai-se-eu-te-pego, nem todo mundo tem orgulho de se intitular periguete. O mundo não está tão perdido assim. Percebe-se, então, que tem alguma coisa errada na equação – se você aí, esse “puta bom partido”, só acha traste no meio do caminho, algo tem que estar errado. E se você pensar um pouquinho vai chegar à resposta – se não chegou, a gente te conta: antes de querer algo interessante, você precisa se tornar alguém interessante. Desculpa.
Acontece que é difícil demais olhar pro seu umbigo sujo. É muito mais fácil apontar o dedo pra sujeira do outro e colocar a responsabilidade dos seus problemas nas costas alheias. Vitimização é a principal aliada na vida das pessoas que não conseguem lidar com o fato de que estão desperdiçando sua chance de fazer algo de legal na Terra. Gente que não vive, só faz peso no mundo. Eternos mimados que acreditaram nos elogios da mãe que sempre disse que ele era incrível somente por existir. Esqueceram que elogio de mãe não vale.
Então, antes de blasfemar aos quatro cantos que o mundo anda escasso de pessoas  boas, dê aquela olhada no espelho. Sim, vai doer. Calma, você vai superar. Pros casos mais graves, faça uma lista de coisas que você procura em alguém pra chamar de sua e veja quantos desses atributos você tem. Você quer uma mulher gostosa? Quando foi a última vez mesmo que fez um exercício?; Você quer uma homem inteligente? Qual foi mesmo a última coisa interessante que leu na sua vida (não, aquele blog de humor não vale); Você quer uma pessoa que corra atrás dos seus sonhos? Você tem corrido atrás dos seus? As respostas podem ser mais surpreendentes do que você imagina. E aí você vai realmente entender o que as pessoas querem dizer quando falam que a verdade dói.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Fica.


Fique um pouco mais. Na geladeira tem aquele suco que você gosta, aquele queijo polenguinho que você ama colocar no pão e temos pizza de ontem também. Fique. Deve chover daqui a pouco, pelo menos eu ouvi dizer. Mas se não, deve estar quente demais. Fique um pouco mais. Ou muito mais.Tem aquele short meu que você gosta de dormir. E eu comprei DVDs legais esse mês, fica pra gente ver junto.Fique. Lá fora, está perigoso demais, eu vi no noticiário. Há trombadinhas por toda a cidade, que assaltam em ônibus ou esquinas. E os taxistas também são maus e podem tentar te assediar ou algo assim.

Fica aqui comigo. Eu estou doente. Olha? Estou começando a ficar com febre, tosse ou câncer, sei lá. Minhas mãos estão tremendo e eu sinto que meu coração está acelerado demais esta noite. Fica para cuidar de mim? Fica, vai. Tua mãe pode esperar. Teu ex pode esperar. Teus amigos que dão em cima de você, também, podem esperar. Até as tuas amigas que não gostam de mim podem esperar. Fica, vai. Manda mensagem ou liga para todos eles e diz que foi por aí.
Você realmente quer ir? Tudo bem. Pode ir. Mas me deixe sua boca. Teus braços. Tua voz. Tuas pernas. Teu peito. Ou melhor, vai não.Que você é o todo do tudo que preciso.

Hugo R.

sábado, 15 de junho de 2013

Quais São Seus Planos Pra Essa Noite?

O que fará hoje à noite? Não precisa responder agora. Apenas sorria desde já e, se puder, sem pudor, prepare-se para que sua coxa seja percorrida por aquele arrepio bom, revestida pela inevitável aspereza que lhe cobre a epiderme quando eu sou o bicho faminto que devora- lhe a nuca nua ou então quando minha saliva é a tinta fresca que picha seu corpo todo, diante da noite e bem no meio da rua.
O que fará hoje à noite? Eu já sei: desmarcará qualquer coisa que não seja uma embriagante dose de nós e aceitará meu convite para um passeio inesquecível ao redor da lua, sem gravidade ou censura. Daremos mil passos por um espaço só nosso e hoje uma fusão nuclear colará minha carne crua em seus ossos.
Eu sei que você demorará horas, possivelmente séculos, para escolher um vestido que com toda certeza terminará despido, rasgado ou, com sorte, derreterá em pleno bistrô, quando eu fizer seu corpo ferver e disser em seu ouvido o quão fundo estou disposto a encaixar-me em ti e o quão imensurável desejo que seja a medida do seu terremoto particular.
Hoje eu quero que a cama quebre as pernas, pois não aceito que nada nesse mundo seja capaz de suportar o peso de nossa valsa horizontal. Quero que a vidraça estilhace, para dividirmos com o resto do universo o pouco que restará de sua voz rouca. Invadirá outras casas com um grito incontido de tesão que nunca caberá em sua boca. E mesmo que o céu todo desabe sobre nós, sei que permaneceremos de olhos bem fechados, protegidos por uma fina camada de suor e em meio aos escombros e cacos de todo o resto, estaremos inteiros, completos e sujos como sempre.
O que fará hoje à noite? Te pego às oito e talvez não te devolva nunca mais.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Amor de Migalhas

Seria pretensioso demais da minha parte querer definir umas boas regras ou elaborar a construção do funcionamento do amor, mas sempre me foi claro que amor é um sistema de trocas voluntárias. Ninguém ama sozinho, ninguém é amado sozinho. A falta de reciprocidade, pra mim, sempre configurou qualquer tipo de relação, menos a que a gente chama de amor. Amor é construção e ainda tem gente que se contenta com uns tijolinhos esquecidos na calçada pra montar um barraco e achar que tá protegido. Engano nosso. Ao primeiro sinal de tempestade a casa cai.
Aqui a gente dispensa os livros de autoajuda e a explicação psicológica do fenômeno, mas tudo se resume em: cacete, por que você não olha no espelho e percebe que você é um ser humano que tem as suas qualidades e os seus defeitos e que ninguém pode te desmerecer por isso? Você não precisa mudar seus modos, se matar numa academia, alterar e condicionar seu padrão de vida por causa de uma única pessoa que nem gosta de você. E aqui a gente encontra muitas vertentes da mendicância amorosa: tem a amiga do “eu não vou achar coisa melhor”, tem o amigo do “ela é demais pra mim e eu tenho que justificar o porquê dela estar comigo”, aquela prima do “eu preciso de companhia pra ser feliz” e por aí vai.
Não vejo sentido em correr atrás de alguém e insistir em estar com uma pessoa que claramente não se encantou por você. Tudo bem , existe a premissa da conquista e tudo mais. Mas se você já tentou isso, qual é o sentido de sofrer por rejeição? O mundo tem 8 bilhões de pessoas e uns quebrados por aí. Não é possível que a pessoa da sua vida seja justamente quem não quer nada com você.
Por isso, peço à “Geração da Falta de Amor Próprio” que entenda alguns pontos. Não vale a pena implorar pelo amor de alguém se esse amor não é seu. Não é e pronto. Nada que você faça vai fazer com que seja. Viver de migalhas é uma condição sub-humana de vida. Mendigos não seriam mendigos se eles pudessem. Tente pensar dessa forma. Gostar da própria companhia e encontrar valor nela não precisa ser aquele clichê eterno de nunca dar o braço a torcer e dizer que ama a solteirice e espalhar isso pelas redes sociais. Você pode admitir que está carente, que sente falta de alguém, que seria legal ter alguém do lado, mas nunca é bom fazer de alguém o seu porto seguro. “Nenhuma pessoa é lugar de repouso”. Você vai sempre precisar mais de você pra ser feliz do que de qualquer outro ser humano que encontre por aí. Dito isso, considere celebrar a sua alegria consigo mesmo. Vale a pena brindar sozinho e beber uma boa taça de vinho, mas inteira, cheia até a borda. Você vai acabar entendendo a diferença entre amor de verdade e uma ideia de amor servido em conta-gotas.

Daniel Oliveira

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Expectativas


Lembrei-me de todos os meus sonhos de adolescente e quantos deles já tinham ficado para trás simplesmente porque existiam expectativas demais, fundamentadas em realidade de menos. Pensei em quantas vezes sufoquei um relacionamento por esperar demais do futuro, em quantas pessoas perdi por esse caminho por simplesmente não ter a leveza necessária para deixar o rio da vida correr por si só. A dura verdade é que num mundo onde amar virou sinônimo de coragem, a gente por vezes tem um pouco de ansiedade com o amanhã. Ou a grande palavra do momento: pressa. A gente tem medo de acabar a tia solteirona na festa de aniversário do filho da melhor amiga, ou de passar a vida inteira sem conhecer prazeres como decorar o quarto do casal ou escolher o primeiro sapatinho do bebê. Ainda mais atemorizante, a gente tem medo de acabar só no deleite de nossa própria companhia, o que implicaria em liberar do armário escuro e sombrio todos os nossos monstros particulares que tanto relutamos em esconder. A consequência de tanta pressa são casamentos precipitados, relacionamentos forçados, rompimentos precoces e amores que são causa ao invés de serem efeito. 
Penso sobre passado, presente e futuro. Penso sobre amor e toda sua eternidade no breve espaço de um segundo. E finalmente entendi, que expectativa gera frustração sim, apenas quando depositada sobre ombros despreparados. Preparo exige calma e tempo. Construir vontades também. Porque ir devagar, na maioria das vezes é muito mais rápido.
Sentado ali no parapeito da janela, vendo o sol deixar esse lado do mundo para poder iluminar os dias daqueles que estão tão distantes, observando os carros passando velozes pela rua, os passarinhos buscando seus ninhos, me dei conta de que no fundo eu e o resto do mundo só queremos um lugar pra voltar.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Tudo passa.

Eu achei que você nunca fosse passar. A gente sempre acha que vai demorar muito, ou que a atenção nunca mais vai desviar o foco de você, ou que a gente nunca vai conseguir mais engolir a saliva que fica presa na garganta em todas as vezes que você aparece com alguém, mas passa. Daí fica a saudade. Sabe aquela saudade gostosa que persiste, que a gente usa pra tentar sentir de novo enquanto faz todos aqueles testes de reação pra ver se você ainda incomoda? Saudade estranha essa. Nem é boa, nem é ruim. É persistente. Acho que é pra dar algum conforto nesse nó no peito que se desfez.
Mas agora, falando especificamente de você, de você ter passado, e de eu nem ter percebido a despedida, foi um estranho-bom. Foi bom porque a gente sempre acha que vai precisar de alguém pra ocupar o lugar e nem sempre é assim. Um dia desses, a gente acorda e pronto, você passou. Um dia desses a gente nem se lembra mais do seu telefone. Dia desses a gente se esquece até dos seus gestos e acaba arrumando o armário sem dó nem piedade. Ah, tudo passa. Você passou e muita gente ainda vai passar. Eu mesmo já devo ter passado pra tanta gente e pra tanta gente que ainda nem esbarrou comigo ainda. Você passou e eu tô deixando você ir de vez. Sem me agarrar ao falso conforto da saudade que fica. Vai, pode ir, foi bom enquanto durou, mas eu já não preciso mais. Passou, passado. E fica até engraçado o jeito que a gente se pega vendo que o apego não tinha o menor fundamento e que tudo que a gente fez foi meio imbecil. Mas não foi em vão. Eu precisava ter feito de tudo, ter ouvido de tudo, ter comido de tudo, ter chorado de tudo, ter rido de tudo e mais um pouco pra você passar.

Daniel B

Sobre a pessoa mais bonita do mundo, expectativas e tipos reais.

Eu queria a pessoa mais bonita do mundo. Queria porque queria. Porque me interessava, porque me atraía, porque tinha o sorriso mais bonito e bem espaçado que eu já tinha visto. Porque era o meu tipo perfeito na combinação de tom de pele com a cor do cabelo. Tinha a altura média ideal e parecia ser tão simpática e bonita quanto as pinturas mentais que eu faria da pessoa perfeita. Eu queria porque queria e todo o mundo mais queria. Mas em todo fim do dia, depois de passar horas vendo fotos e vendo o que a pessoa mais bonita do mundo dizia, eu chegava à conclusão de que era areia demais pro meu caminhãozinho.
Até que um dia eu topei com a pessoa mais bonita do mundo.
Topei, escorreguei, quase caí e nunca me vi tão destrambelhado como nesse dia. Ela riu, me ajudou a sustentar os dois pés como base e ainda me chamou lá pra fora da festa, pra aproveitar o ar da varanda. E foi aí que eu a tive pra mim. Nuns poucos minutos de embriaguez e oportunidade, eu tive a pessoa mais bonita do mundo. Numas horas restantes de festa, eu tive a companhia dela. E foi frustrante. A pessoa mais bonita do mundo, aquela que todo mundo queria, que parecia ser o sonho de muita gente – e o meu tipo perfeito – não era nada demais.
Nada demais. Era como o eco da confusão gritava na minha cabeça. O beijo era morno, as mãos eram soltas, o abraço não combinava, os olhos se desviavam pra não encarar a falta de cumplicidade e admito que nem chegou perto daquele frio na barriga que a gente sente quando encontra alguém que tem potencial pra mexer com a gente. Frustração porque a expectativa tava tão alta e desabou com aquele encontro kamikaze. Porque eu suava pelas mãos e o meu corpo não reconheceu o dela, o nervosismo foi meio que em vão e eu passei o dia seguinte inteiro pensando sobre a verdade da situação: a pessoa mais bonita do mundo não era pra mim.
O que seria pra mim então? Essa minha busca por ela tinha me transformado num projeto de psicopata por algumas semanas. Longas sessões de stalking e de insegurança à flor da pele, a rever todos os meus conceitos de auto-imagem e de percepção sobre o tipo de interesse que eu poderia causar nela, até chegar ao pensamento clássico de que era demais pra mim. Mas deixa eu contar uma coisa pra você: tipos perfeitos não existem. E foi isso que eu percebi quando eu estive com a pessoa mais bonita do mundo. Que a gente monta um modelo de pessoa perfeita pra gente, desde a parte superficial aos mínimos detalhes de leitura e gosto musical – tem gente que até pensa no vestuário e coisas do tipo – e a gente acha que se apaixonaria fácil por alguém assim. Não só nos apaixonaríamos como também teríamos um lindo relacionamento nessa equação perfeita. Até que a gente se lembra de incluir a necessidade de química, a compatibilidade de gostos e assuntos dentro do nosso universo e fora dele, o timing e os objetivos de vida – além da visão de mundo dos dois e muito mais. Ah, quando a gente monta a equação inteira, a gente percebe variáveis que saem do nosso controle e que não podem ser supostas apenas pela aparência, pelo sorriso e pela forma com que o outro parece interessante.
A pessoa mais bonita do mundo era interessante. Mas não pra mim. Fazia exatamente a minha ideia de tipo perfeito, mas não era meu tipo real. E a frustração foi fruto dessa expectativa boba e mal desenhada que eu tive – e aposto que você também deve ter em relação a alguém. Nossos tipos perfeitos foram feitos pra sonhos, literaturas, preenchimento de ego e afins. O importante mesmo é o tipo real que pode passar bem longe do que a gente espera que seja.
Depois daquela noite, eu fui indagado pelos amigos sobre o porquê de não ter entrado mais em contato com a pessoa mais bonita do mundo. Do nada, a minha pequena obsessão se desfez e eu deixei de achar tanta graça assim nela. Talvez eu também não tenha sido nada demais pra ela e essas coisas acontecem. Meus amigos não entendem, mas a verdade é que agora eu tenho uma nova perspectiva do tipo de pessoa que eu quero. Eu quero alguém real. Uma boa pessoa que entre na equação e que, talvez, nem complete todas as variáveis, mas que me faça sentir a pessoa mais especial do mundo. Que mexa comigo como os meus tipos perfeitos mexem em sonho, mas de verdade, de carne e osso, pra causar frio na barriga e arrepio. Alguém que pode ser o completo oposto do que a gente espera pra se apaixonar – e mesmo assim consegue fazer com que a gente se apaixone.
Eu agora quero tipos reais. Deixo os tipos perfeitos pras capas de revista e pros meus personagens preferidos de filmes, deixo pro ego satisfeito e pras noites de sono. Acordar mesmo, eu quero que seja ao lado de uma boa pessoa real.

Daniel B

O Sonho da Mulher dos Seus Sonhos

E eu chego em casa cansado. Jogo minhas roupas pelo chão do quarto e sento no sofá, acabado. Ela chega, me grita atenção e fala como uma doida de como foi teu dia. Eu fico entre um “uhum” e outro. Entre uma risada e outra. Mas fico com olhos e ouvidos bem atentos, como um menininho ouvindo uma história de uma heroína que salvou a cidade e ainda lembrou de passar no mercado para comprar meu iogurte predileto.
Ela me faz massagens quando eu peço. Mas só aceita fazer caso eu prometa fazer nela também. Ela trabalha, estuda, dá um trato em seu visual, malha, prepara a comida e ainda arruma tempo para me amar e me pedir para levá-la no cinema. Às vezes, eu penso como é louco o amor. No começo, eu passava noites em claro só para descobrir a melhor forma de conseguir ter um encontro com ela. E, hoje, ela é quem me convida. No primeiro encontro, eu passei quase duas horas inteiras me arrumando. Coloquei minha melhor roupa e me encharquei com meu melhor perfume só para agradá-la. Hoje, ele me acha lindo de moletom ou suado pós o futebol.
Ela me espera. Ela fica ansiosa para me ver. E me liga só para dizer que está com saudades. Ela diz que ama e que morre de tesão por mim, também. Ela me faz carinhos e arranhões que nunca tive. E me beija o corpo inteiro. E quando briga comigo por ciúmes é por medo de me perder. Ela é perfeita, mas não sabe. O meu lado possessivo até acha isso bom. Porque no dia que ela perceber que ela é dez mil vezes melhor do que qualquer mulher nesse mundo, vai querer outro cara dez mil vezes melhor do que eu. E há vários caras perfeitos por aí. Mas não sei como, ela se encantou por minha barba mal feita, por minhas piadas sem graça e por meus olhos cansados.
Bendita a sorte a minha. Até hoje não sei o que falei para ter roubado a atenção dela. E, se um dia descobrir, falarei o dia inteiro. Trato-a como uma rainha tendo a certeza de que não sou merecedor de um lugar em teu altar. Mas me esforço tanto que ela acha graça até das minhas imperfeições.
É a sorte de ser o sonho da mulher dos seus sonhos.

Hugo R

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Fim



A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços.

Não consigo explicar o que sentir ao ver você com outro cara. Rapaz, fiquei sem chão, em hipótese alguma imaginava que havias colocado um outro alguém no meu lugar.Não estava preparado pra lhe ver com outro namorado é pensar que até a alguns dias eu que estava do seu lado, vivia a mesma rotina com esperança de quem sabe algum dia, mais o tempo foi passando, é natural mudar os planos, se vou ter que viver com essa dor...Se e pra ser assim que sejas feliz,mais bem longe de mim,não me faça lhe ver passar com esse fulano,e digo, e melhor pra ele também.Pois sabes que existe um amor que não chegou ao fim.

Terei que viver com essa dor!