quinta-feira, 26 de abril de 2012

A Morte do Cavalheirismo Pelo Feminismo


Vou ser sincero: odeio o feminismo. Mas não o feminismo real, o puro, e sim essa palhaçada que anda acontecendo que as mulheres chamam de feminismo. Como se já não bastasse, virou moda condenar o machismo. Homens machistas estão cada vez mais perdendo seu espaço, onde para encontrar uma mulher bacana, o cara tem que rever todos os seus conceitos e passar a tratá-la com menos, digamos, brutalidade? O que acontece é que as pessoas não sabem o que machismo, na verdade. O homem ser grosso com a mulher não é sinônimo de machismo, é sinônimo de babaquice e “feladaputismo”. O cara que não respeita a mulher, não é o cara machista, é o cara sem educação, pau no cu e que tem que morrer sentado no cacete do capeta. Machismo e feminismo são ideologias lindas, porém totalmente desvirtuada.

Eis que entra, então, a Teoria do Machão Mascarado. O cara se acha o foda, se mostra o foda, mas quando a mulher aponta o dedo na cara dele, ele abaixa a cabeça. É muito comum nos dias de hoje, até porque a mulher quer ser rica, bem sucedida, independente e gostosona. Querem ter homens rastejando aos seus pés, querem ter opções de escolhas. E acabam tendo. E aonde entra a figura do cavalheirismo? Voltemos algumas décadas…

Se tinha uma palavra pra definir o homem, seria cortês. O homem tinha toda uma preocupação em agradar a mulher, passavam meses sem pegar na mão, só aproximando, para conhecê-la. Pegava seu lenço quando caia no chão, abria a porta do carro, a protegia quando fosse atravessar a rua, puxava a cadeira quando ela fosse se sentar, recitava poesias, a elogiava de forma delicada frequentemente, sempre pagava a conta. Era uma forma singela e única de conquistar a mulher amada. A mulher era sensível. A mulher necessitava de proteção. A mulher era um ser totalmente delicado em que os homens tinham a obrigação de cortejá-las, para que elas se sentissem sempre seguras. Era lindo, não? Muitas mulheres buscam isto em um homem, um espírito romancista. Da mulher mais delicada a mais vagabunda. Até puta se você tratar com carinho, ela vai te dar de graça. Não na primeira vez, claro. Mas até puta se você respeitar, elogiar, tratar bem, ela vai se sentir querida e amada como pessoa. Mas, por que não respeitar? A única diferença dela para as outras mulheres é que ela cobra por sexo antes do namoro. Mas a questão é que o cavalheirismo foi morrendo, morrendo, morrendo… Por quê? Qual o motivo disso? O que aconteceu?

Sempre gosto de comparar os dias de hoje com algumas décadas atrás. A explicação disto é simples: tudo faz parte de um processo evolutivo. Antoine Lavoisier, o pai da química, disse: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” (entendam a metáfora, pelo amor de Deus). E assim foi com o homem, com a mulher. Toda essa necessidade feminina de ser cuidada, amparada, zelada, foi se transformando em liberdade, independência. Os valores atribuídos das mulheres pela sociedade mudou demais. A mulher entrou no mercado armada até os dentes. Além de inteligentes, naturalmente, elas tem um par de peitos, uma bunda e uma perseguida. Vão longe, claro. A mulher precisa do homem para quê? A única coisa que salva no homem é o esperma, mais nada. E isso por enquanto. Quando começarem a liberar a clonagem como opção, nem pra isso o homem vai servir mais. Que necessidade de proteção a mulher tem hoje? TODA! Que necessidade de proteção a mulher transparece necessitar? NENHUMA! E assim o romantismo foi morrendo…

Mulheres se mostram tão auto-suficientes, tão iguais se não mais seguras que os homens, que acabou toda aquela necessidade de prestarmos cortejo para as mulheres. Hoje, as mulheres cortejam os homens.

- Tá doido, Renatto? Mulher cortejando homem?

Com esse tanto de vagabunda que tem no mercado, ficou mais fácil ou mais difícil encontrar um homem que vale a pena? Muito, mas muito mais difícil mesmo. Quando uma mulher esperta encontra um homem que foge à regra, ela vai querer segurá-lo.

Culpa do quê? Feminismo. Não reclamem da falta de homens românticos. O homem não precisa mais fazer isso. O homem não precisa mais ficar meses conhecendo a mulher, se vendo quase todos os dias, sem pegar na mão. O homem não precisa enviar flores, não precisa abrir a porta do carro, não precisa puxar a cadeira, não precisa recitar poesias… O homem não precisa cortejar a mulher moderna para poder comê-la. Basta malhar, ficar saradinho. Pode ser o cara mais sem conteúdo do mundo, que quando abre a boca só fala merda. Ela vai mandar o cara calar a boca e vai subir em cima dele. O homem não precisa se esforçar para ter uma mulher de 4 para ele. Perdeu a graça. A conquista está cada vez mais rara. O homem só precisa de um braço forte, um whisky na mesa e uma roupa da moda. Pronto. Ele vai comer mulher. Pode não se você que está lendo, porque nessas horas todo mundo é santo, mas acontece demaaaaaaaaaaaaaaaaais isso.

E como tudo faz parte de um processo evolutivo, não chegamos no pior disto. Há de piorar. Vai chegar um dia em que o homem carregará novamente um pedaço de pau e vai arrastar a sua fêmea pelos cabelos. E só assim, veremos que, na verdade, tudo não passou de um processo involutivo.

Renato

terça-feira, 24 de abril de 2012

VERDADES SOBRE MENTIRAS MASCULINAS

                      
Domingão, liderança do campeonato em disputa e a mulher quer visitar a mãe dela, do outro lado da cidade, pela terceira vez só nesta semana. O maridão começa a elaborar uma boa desculpa para não ter de acompanhá-la, envolvendo uma dor de estômago ou uma pilha de trabalho para entregar no dia seguinte (ou ambos). Algo tão épico que soa mais falso a cada detalhe adicionado. Enquanto ele se faz de mártir, nem percebe que seria muito mais fácil dizer que prefere ficar em casa.
Fato: homens mentem. Alguns, maquiavelicamente. Mas, a maioria, faz isso de forma ingênua. Costumamos soltar uma mentirinha ou outra antes mesmo de avaliar se existe necessidade de usá-la. Tudo porque fomos educados a driblar e não a passar a bola. Um consenso entre os machos é que a mulherada pega no pé sob qualquer circunstância. Então, para evitar situações de conflito, em vez de partir para o gol, a gente ginga, pedala, dá uma catimbada e cai para simular falta.
Malandro sempre acha que precisa se defender de alguma acusação. Mesmo inocente, a verdade pode parecer ameaçadora demais. Ele foi ao cinema sozinho, comprou ingresso com lugar marcado e nem imaginava que sua ex escolheu, por acaso, a poltrona ao lado. Coincidência engraçada para contar aos colegas de trabalho na hora do café. Mas o resumo da história, aos olhos da namorada, ainda seria ele vendo um filminho junto com uma mulher de seu passado. Em alguns casos, a mentira oferece menos risco.
Homem também se apóia em lorotas antes de admitir que está errado. Como o motorista que roda em círculos e não para para pedir informação. “Bem que o GPS disse lá atrás para você virar à esquerda”, a mulher esfrega na cara dele. “Ali era contramão, o GPS está desatualizado e prefiro um caminho alternativo que conheço”, ele resmunga, antes de dar a volta no quarteirão e, sorrateiramente, pegar a rua que ela havia apontado. Por que assumir o engano se pode justificar suas cabeçadas com uma pretensa sabedoria superior?
Há ainda a mentira para se dar bem. Aumentamos feitos, criamos outros, damos uma polida na realidade, tudo para sair bonito na foto diante da pretendente. Poderia chamá-los, simplesmente, de calhordas aqui e limpar minha barra. Mas, para falar a verdade, todo cara já usou esta artimanha alguma vez na vida (e aposto que nenhum perdeu o sono depois). Aquele que disser o contrário, pode ter certeza, está mentindo.
De vez em quando, a gente mente para proteger as mulheres delas mesmas. Porque vocês adoram fazer perguntas cujas respostas não querem ouvir. Imaginem um sujeito tão sincero que falasse: “sua bunda parece enorme neste vestido” (do jeito que ele gosta, aliás); “claro que eu pegaria suas amigas” (é uma pergunta hipotética, não é?); “já transamos, já papeamos… agora me deixa dormir” (sexo dá sono, cientificamente provado).
Nada disso é motivo de preocupação. Afinal, a maioria dessas pequenas encanações desaparece conforme cresce a cumplicidade do casal, que passa a ler a mente um do outro. O problema é quando brincam com os sonhos de alguém. Como o casado que jura seguidamente para a amante que vai se divorciar em breve (“só não posso agora”, diz). Mais do que ninguém ela deveria saber que, se ele já enrola a esposa, não tem motivo para ser honesto com ela. As mulheres costumam pegar fácil as mentiras dos homens, mas ficam um tanto cegas quando alguém mexe com a esperança delas.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sexo juvenil


"Tem que ser agora. Tem que ser rápido. Tem que ser delicioso"

Quando éramos mais novos, com os hormônios descontrolados e por falta de opção ou grana, acabávamos satisfazendo nossos desejos em qualquer oportunidade que surgia. Masturbação por baixo da mesa, uma mamada gostosa numa sessão de cinema à tarde, uma trepada no carro, num estacionamento deserto, ou nem tão deserto assim. Tínhamos sempre a sensação de que a oportunidade não podia ser perdida, ainda que o tempo estivesse à nosso favor. Jovens não esperam, tentam sempre extrair o máximo de cada momento.

Mas aí a gente cresce, as condições adversas vão desaparecendo e acabamos aprendendo a esperar. Esperar que a casa fique vazia, que o salário chegue pra irmos ao motel e a urgência vai ficando pra trás, dando lugar a um desejo mais contido, aprisionado.

Mas por que perder aquela delícia do sexo juvenil, urgente, desesperado e até desastrado, como se não houvesse outro momento para ser aproveitado? Como se não importasse quem pode ver, ouvir os gemidos ou os móveis trepidando.

A experiência de vida nos faz mais prudentes. Aprendemos a esperar e, muitas vezes, perdemos essa naturalidade que dá lugar a um sexo mais pleno, mais planejado, que também é uma delícia. Mas realizar essas fantasias joviais nos tiram de qualquer engessamento que a maturidade pode nos trazer.

E nem sempre o sexo na juventude era só maravilhas. Saber dosar a entrega com a experiência é a chave para se aproveitar mais e mais das delícias disponíveis e que acabamos deixando passar.

Leitora A